Decorrem hoje em Lisboa e Torres Novas, em santarém, novas ações de protesto contra a guerra em Gaza decorre este sábado, dia em que se assinalam dois anos da morte da jornalista Shirren Abu Akleh e a “quatro dias do Nakba, a catástrofe”, segundo a organização.
Em declarações à agência Lusa, Carlos Almeida, do Movimento pelos Direitos do Povo Palestino e pela Paz do Médio Oriente (MPPM), informou que a ação de hoje é organizada pelas mesmas quatro entidades promotoras da marcha do início de abril, também em Lisboa, que se prolongou por mais de duas horas e “juntou vários milhares” de pessoas.
Fonte oficial do Comando Metropolitano da PSP de Lisboa escusou-se, contudo, a quantificar na altura os participantes da marcha entre a embaixada de Israel e a Assembleia da República.
Os protestos de hoje estão também agendados pela central sindical CGTP, o CPPE – Conselho Português para a Paz e Cooperação, o MPPM e o Projeto Ruído, e irá decorrer quando passam dois anos sobre a morte da jornalista palestino-americana do canal Al Jazeera, atingida por tiros das Forças de Defesa Israelitas, na Cisjordânia, segundo as informações transmitidas pelas Nações Unidas em junho de 2022. Em Torres Novas está prevista uma concentração no Jardim das Rosas, que incluirá afixação de bandeiras apelando à paz na Palestina e no Mundo.
Carlos Almeida recorda que, em 15 de maio também se assinala o “Nakba”, termo árabe que significa “Catástrofe”, o dia seguinte, em 1948, à proclamação da independência de Israel e data de início dos conflitos israelo-palestinianos.
O conflito em curso na Faixa de Gaza foi desencadeado pelo ataque do grupo islamita Hamas em solo israelita de 07 de outubro de 2023, que causou cerca de 1.200 mortos e duas centenas de reféns, segundo as autoridades israelitas.
Desde então, Israel lançou uma ofensiva na Faixa de Gaza que provocou mais de 33.000 mortos, segundo o Hamas, que governa o pequeno enclave palestiniano desde 2007.
A retaliação israelita está a provocar uma grave crise humanitária em Gaza, com mais de 1,1 milhões de pessoas numa “situação de fome catastrófica” que já está a fazer vítimas – “o número mais elevado alguma vez registado” pela ONU em estudos sobre segurança alimentar no mundo.
*Com Lusa














