Falta de medicamentos nas farmácias afeta pessoas com diabetes, osteoporose e doenças cardíacas, que são obrigadas a interromper tratamentos, alertam farmacêuticos
Há pacientes que se veem na necessidade de interromper os tratamentos devido à falta de medicamentos: os doentes mais afetados, de acordo com a ‘CNN Portugal’, são os que lidam com diabetes, osteoporose e doenças cardíacas. As listas de espera nas farmácias pode chegar aos dois meses e obriga ao racionamento dos medicamentos.
Em Lisboa, as farmácias têm um problema que se arrasta há meses e que se está a agravar. O canal televisivo destacou o caso de Carlos Nobre, que há semanas procura o medicamento ‘Victoza’ para a mulher, que sofre de diabetes e que teve de interromper a medicação. Na farmácia, o medicamento estava em falta e a solução é “fazer uma reserva e vamos tentar arranjar o mais rapidamente possível”. A espera pode ser longa e trazer complicações graves para a saúde.
“Tenho-o encomendado há seguramente duas, três semanas mas a verdade é que o medicamento encontra-se esgotado. Não sei por que motivos, ouve-se muita coisa”, relatou Carlos Nobre, a quem já disseram que “no verão esgota porque provoca emagrecimento e as pessoas gostam de emagrecer no verão”.
“Em falta estão as insulinas. São medicamentos que obrigam depois os doentes diabéticos a ter de interromper a terapêutica ou a falar com o médico para arranjar alternativas. O controlo da sua glicemia fica comprometido”, apontou uma farmacêutica.