OCDE considera que descida de inflação é improvável sem aumento do desemprego

A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) considera que a descida da taxa de inflação é improvável sem algum aumento do desemprego, segundo o relatório de análise económica à zona euro e União Europeia (UE), hoje divulgado.

Segundo a OCDE, a redução da inflação é “mais complicada pelo forte mercado de trabalho e a baixa taxa de desemprego”, historicamente baixa tanto na UE como na zona euro, e considera mesmo, citando estudos, que a “descida da inflação é improvável sem o correspondente aumento da taxa de desemprego a curto prazo”.

O mercado de trabalho continuou a recuperar em 2022 superando o emprego os níveis pré-pandémicos e também os salários têm vindo a aumentar.

A OCDE prevê que o aumento dos salários nominais continue já que a inflação põe pressão sobre as negociações entre trabalhadores e patrões.

Apesar da expectativa sobre aumentos salariais, a OCDE diz que como a decomposição do deflator do Produto Interno Bruto (PIB) sugere um aumento dos lucros unitários há “alguma margem para aumentos salariais não inflacionistas”.

A OCDE espera que a taxa de desemprego se mantenha em 6,7% este ano e baixe para 6,6% em 2024.