A elite empresarial somou uma valorização de 31,7 biliões de euros, quase 5.000 mil milhões mais do que no verão passado. A responsabilidade? O ‘boom’ das grandes empresas tecnológicas.
As 100 maiores empresas do mundo enfrentam uma nova temporada da sua capitalização bolsista conjunta, com um aumento anual de 15,1%, depois da queda devido à pandemia da Covid-19. Se se comparar aos patamares pré-Covid, quando a soma era de 25,4 biliões, o valor subiu 38%, segundo apontou uma análise do jornal espanhol ‘El Expansion’ com base em dados da Bloomberg.
O crescimento foi possível graças às empresas de tecnologia, setor que responde por 43% das empresas dessa elite, com 27 representantes e dominante entre as 10 primeiras. A Apple segue como líder absoluta da lista, com valor na bolsa de 3,05 biliões, o que triplica a capitalização anterior à Covid e representa 24% a mais que no verão passado. Em segundo lugar está a Microsoft, com 2,6 biliões, 38% a mais na taxa interanual. Antes da Covid-19, a empresa fundada por Bill Gates era a líder com um valor 2,5 vezes inferior, num pódio completado pela Amazon e Apple.
Neste 2023, depois de Apple e Microsoft está a Saudi Aramco, com 2,09 biliões, 8% a menos na taxa interanual mas 10% maior do que antes do coronavírus. É a única empresa sem passaporte americano no top 10 do ranking, completado pela Alphabet (matriz do Google), Amazon, Nvidia (que em 2019 estava na posição 99), Tesla (que antes da Covid nem estava no topo 300), Berkshire, Meta (Facebook) e Visa.
No que diz respeito a nacionalidades, o domínio está sob uma bandeira indiscutível: 62 empresas, totalizando quase 25 biliões, são americanas. São mais oito do que antes da pandemia. A Ásia quebrou a tendência dos últimos anos e tem 18 representantes, com um valor agregado de 6,1 bilhões. A Europa ocupa o terceiro lugar com 17 empresas cuja avaliação agregada é de quase 4 mil milhões.
Na Europa a líder é França, com 1,4 biliões, graças à presença de LVMH, L’Oreal, Hermes, Christian Dior, Total e Sanofi. É seguida pela Suíça, com 822,57 mil milhões e três representantes: Nestlé, Roche e Novartis. E, por último, o Reino Unido, que registou notável queda na sua influência no ranking: acumula 723,222 mil milhões entre AstraZeneca, Shell, HSBC e BHP. Dinamarca, Países Baixos e Alemanha também marcam presença.
A Apple é a representante perfeita do tipo de empresa que domina o ranking: é uma empresa de tecnologia, setor que divide com 43% do total, e tem bandeira americana, como outras 60 empresas.
A capitalização das empresas de tecnologia cresce a um ritmo muito maior, o que verifica também com as empresas farmacêuticas e químicas, que são o terceiro setor mais representado, com 3,8 biliões e um peso de 10,8%. O quarteto mais influente é completado pelas empresas de energia, com 3,7 biliões e uma representação de 10,5%.













