Os smartphones devem ser banidos das escolas para prevenir a interrupção das aulas, segundo aponto um relatório da UNESCO, o braço educacional, científico e cultural das Nações Unidas – a proibição melhoraria a aprendizagem e iria ajudar as crianças do bullying online. Segundo o jornal britânico ‘The Guardian’, o uso excessivo de telemóveis foi associado a um desempenho escolar fraco e o tempo ao ecrã piorou a estabilidade emocional das crianças.
De acordo com o relatório, a tecnologia digital como um todo, incluindo a inteligência artificial, nunca deve ter precedência sobre uma “visão centrada no ser humano” da educação ou substituir o ensino de interação face a face. “Nem toda a mudança constitui progresso. Só porque algo pode ser feito não significa que deva ser feito”, indicou, recomendando aos Governos mundiais para que prestem atenção à “dimensão social da educação”. “Aqueles que pedem uma individualização crescente podem estar a perder o sentido do que é a educação”, acrescentou.
“A revolução digital tem um potencial imensurável, mas assim como foram feitas advertências sobre como ela deve ser regulamentada na sociedade, deve ser dada atenção semelhante à maneira como é usada na educação”, lembrou Audrey Aloza, diretora-geral da UNESCO. “Deve ser usada para experiências de aprendizagem aprimoradas e para o bem-estar de alunos r professores, e não em detrimento destes. Conexões online não substituem a interação humana.”
A Finlândia foi o mais recente país europeu a proibir smartphones nas salas de aulas para conter a queda dos resultados nos exames. A Itália já havia proibido completamente o uso de telemóveis nas escolas em dezembro. Em França, os smartphones foram proibidos nas escolas em 2018 e na Alemanha a região da Baviera ‘relaxou’ a sua proibição de longa data.














