Seis meses de guerra da Ucrânia: país a país, como é que o conflito transformou a Europa?

Assinalam-se esta quarta-feira, dia 24 de agosto, seis meses desde que a Rússia lançou uma operação militar de grande escala contra a vizinha Ucrânia. A União Europeia mobilizou-se, logo desde os primeiros dias da guerra, para apoiar Kiev com armamento e pacotes financeiros, além de ter criado uma frente de suporte político e diplomático ao governo ucraniano frente às forças invasoras russas.

Milhares de mortos na Ucrânia, milhões de refugiados e deslocados interno, uma crise energética em formação na UE e uma crise alimentar mais severa a nível mundial foram algumas das consequências do conflito. Mas como é que a guerra realmente transformou a Europa? A ‘Euronews’ fez um levantamento dos impactos da guerra em alguns países da União Europeia.

Áustria mantém a confiança na neutralidade

A guerra provocou um debate sobre a política de neutralidade que há décadas é praticada pela Áustria, relata a ‘Euronews’.

A postura, que remonta a 1955, quando o país foi ocupado pelas forças aliadas, significa que a Áustria não faz parte da aliança militar da NATO. No entanto, à luz da invasão da Ucrânia pela Rússia, alguns querem alterá-la.

O especialista sustenta que o atual chanceler austríaco Karl Nehammer “articula claramente seu desejo de não debater esta questão delicada agora”, ecoando a opinião da maioria da população.

Para enfatizar essa postura neutra, Nehammer, em meados de abril, tornou-se o primeiro líder europeu a encontrar-se presencialmente com o Presidente russo, Vladimir Putin.

Bélgica adia o encerramento das suas centrais nucleares

A Bélgica adiou o encerramento de centrais nucleares por recear que a guerra na Ucrânia possa causar escassez no abastecimento de energia.

O país, que atualmente tem sete reatores, pretendia eliminar gradualmente a sua dependência da energia nuclear até 2025. Mas o aumento dos preços do gás e o risco de o fornecimento russo à Europa ser cortado levaram a uma mudança de postura.

A Bélgica diz que agora adiará as suas centrais nucleares continuarão a funcionar até 2035.

Bulgária: Guerra azeda relações com a Rússia

A guerra na Ucrânia fez deteriorar as relações entre a Rússia e a Bulgária, antigo aliado de Moscovo durante o período soviético.

O governo de coligação pró-ocidente de Kiril Petkov não se limitou a apoiar as sanções da UE contra a Rússia, mas também recusou a exigência de Moscovo de pagar o gás russo importado em rublos.

Isso fez com que a Gazprom interrompesse o fornecimento de gás à Bulgária, que dependia quase totalmente da energia russa importada.

Em julho, Petkov e o seu homólogo grego abriram um novo gasoduto entre os dois países, bombeando energia do Azerbaijão.

Algumas semanas antes, o governo de Petkov tinha caído depois de a guerra na Ucrânia – entre outras questões – ter exposto divisões no seio da coligação governamental. Estão marcadas novas eleições para o início de outubro.

Enquanto isso, houve protestos em Sofia contra a possibilidade de o atual governo interino reiniciar as negociações com a Gazprom para reabrir as torneiras ao gás russo.

A guerra também acentuou as divisões na sociedade búlgara, impulsionadas por uma grande prevalência de desinformação sobre o que está a acontecer na Ucrânia.

Em maio, uma sondagem da Gallup International Balkan revelou que quase um quarto dos entrevistados (23,3%) apoiava a guerra de Vladimir Putin na Ucrânia, ao passo que 58,8% rejeitavam a invasão da Rússia.

República Checa: Aliado de Kiev que abriu as fronteiras aos refugiados

Mais de 413.000 refugiados foram registados na República Checa, de acordo com o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), representando cerca de 4% da população de 10,7 milhões do país de acolhimento.

De acordo com uma sondagem publicada em março, 85% dos entrevistados checos apoiaram governo na abertura das portas aos refugiados ucranianos. Outra análise no mês passado revelou que 75% eram a favor do acolhimento de ucranianos.

A aceitação de imigrantes ucranianos foi facilitada pela taxa de desemprego tipicamente baixa do país (cerca de 3,3% em julho), disse Lubomír Kopeček, professor de ciência política da Universidade Masaryk.

O Ministério do Trabalho e Assuntos Sociais checo afirmou, em meados de agosto, que cerca de 101.000 dos refugiados já tinham encontrado trabalho.

A guerra da Rússia na Ucrânia também reforçou a recente viragem de Praga para o Ocidente, para a NATO, a União Europeia e Washington, e a República Checa tem sido um dos defensores mais vocais e ativos da integração da Ucrânia na UE.

Dinamarca: Guerra despoleta transformações históricas

Enquanto a Suécia e a Finlândia conquistaram as primeiras páginas da imprensa mundial ao anunciarem a intenção de se juntarem à NATO em resposta à guerra na Ucrânia, a Dinamarca também tomou uma decisão histórica.

Enquanto membro fundador da NATO, Copenhaga há muito que opta por não se envolver nas políticas de defesa da UE. No entanto, tudo isso agora mudará, após um referendo em junho, no qual 66,9% dos dinamarqueses apoiaram o alinhamento da Dinamarca com Bruxelas.

“Esta noite, a Dinamarca enviou um sinal muito importante”, disse a primeira-ministra dinamarquesa, Mette Frederiksen, logo após o anúncio do resultado.

“Aos nossos aliados na Europa e na NATO, e ao (presidente russo Vladimir) Putin. Estamos a mostrar que, quando Putin invade um país livre e ameaça a estabilidade na Europa, nós, os outros, unimo-nos”, salienta, acrescentando que “a Dinamarca agora participar na cooperação europeia em defesa e segurança. E por isso estou muito, muito feliz”.

Estónia: Apoio da Ucrânia em níveis elevados…tal como a sua inflação

A Estónia é o hotspot de inflação da Europa – a sua taxa anual atingiu 23,2% no início deste mês.

Mas o aumento dos preços – impulsionado pelo aumento dos custos de energia devido à guerra – pouco fez para mudar a posição da Estónia como uma das principais vozes do continente de apoio à Ucrânia.

Tallinn doou 250 milhões de euros em assistência militar à Ucrânia, um terço do orçamento anual de defesa do país.

A Estónia, anteriormente parte da União Soviética, recebeu 50.000 refugiados ucranianos (equivalente a 4% da sua população), pediu sanções mais robustas contra a Rússia e recentemente proibiu a entrada de russos no país.

Também começou a remover monumentos da era soviética de espaços públicos em todo o país.

Tallinn comprometeu-se a interromper as importações de gás russo e, para compensar, está a construir um terminal flutuante de GNL em Paldiski.

França: A esforçar-se para melhorar a sua independência energética

Como em muitos países europeus, a escassez de energia como resultado da invasão da Ucrânia pela Rússia está a ter um impacto direto na vida diária.

A França é muito menos dependente da Rússia para o fornecimento de gás – importou 17% das suas necessidades de gás da Rússia em 2020 -, mas o aumento dos custos de energia, incluindo gasolina e eletricidade, ajudou a empurrar a inflação para 6,1% em julho, de acordo com o Instituto Francês de Estatística.

Em resposta, Paris introduziu várias medidas para ajudar as famílias, como um “desconto de combustível”. Esta ajuda, atualmente de 0,18 euros por litro, será aumentada para 0,30 euros por litro em setembro e outubro. Será mantido até dezembro, quando cairá para 0,10 euros por litros.

O governo vai também renacionalizar a EDF, a maior empresa de eletricidade do país. O objetivo é proteger a independência energética da França, que foi prejudicada pela guerra na Ucrânia.

Finlândia e Suécia: como a guerra na Ucrânia viu a neutralidade deixada de lado

No início de 2022, poucas pessoas teriam acreditado que, no outono, tanto a Finlândia como a Suécia se candidatariam à NATO, estando já perto do fim do seu processo de adesão.

As duas nações nórdicas, que de qualquer forma estavam estreitamente alinhadas com a NATO, estão agora a realizar operações militares regulares com as forças da Aliança nos seus territórios, e em breve serão cobertas pelo Artigo 5.º da NATO, sobre a defesa coletiva contra qualquer futura agressão russa.

Embora a Rússia tenha dito que haveria “consequências” não especificadas para a adesão à NATO, as ameaças não se concretizaram até agora.

Alemanha: O aumento dos custos de energia prejudicará a solidariedade com a Ucrânia?

 

Nenhum outro grande país da União Europeia se tornou tão dependente da energia russa quanto a Alemanha.

Portanto, a perspetiva de a Gazprom limitar o fornecimento de gás nos próximos meses está a causar grande ansiedade na sociedade germânica.

Com as altas temperaturas, os alemães correram para comprar aquecedores elétricos para se preparar para uma possível crise de energia neste inverno.

Apesar de alguns cenários colocarem em cima da mesa a possibilidade de revoltas populares no inverno devido à falta de energia, Uwe Demele, da Universidade de Ciências Aplicadas de Eberswalde, defende que esse cenário apocalíptico está longe de se tornar realidade.

Além dos preços da energia, outro grande tema na Alemanha é o fornecimento de armas para a Ucrânia. O chanceler Olaf Scholz foi criticado em toda a Europa por ter hesitado em enviar armas pesadas para ajudar Kiev.

Hungria: A guerra ajudou Orban a garantir um quarto mandato?

Em abril, pouco mais de um mês após a invasão da Rússia, o partido Fidesz, de Viktor Orbán, alcançou um recorde: a quarta eleição consecutiva.

Uma das principais reivindicações de Orbán no período que antecedeu a votação foi que ele sozinho manteria a Hungria fora da guerra, enquanto a oposição arrastaria o ex-país comunista para um conflito sangrento e prolongado com a Rússia.

Citando o estado de emergência causado pela guerra na Ucrânia, Orbán assinou uma ordem especial em maio, que permitia ao governo suspender certos atos do parlamento e governar por decreto.

Apesar de alguma oposição, as autoridades húngaras disseram que a lei é necessária para acelerar a tomada de decisões e proteger a paz e a segurança em meio a uma crise sem precedentes desencadeada pela guerra.

Sob Orbán, a Hungria seguiu uma política do que chama de estrita neutralidade em relação à Ucrânia, que alguns especialistas dizem ser pró-Rússia.

Embora o líder húngaro tenha pedido um cessar-fogo na Ucrânia, ele também se recusou a permitir a transferência de armas através da fronteira Hungria-Ucrânia, zombou de Volodymyr Zelensky e tentou travar as sanções da UE à Rússia.

“O mundo está à beira de uma crise económica. A Hungria deve ficar fora desta guerra e deve proteger a segurança financeira das famílias. Para isso, o governo precisa de espaço de manobra e capacidade de agir imediatamente”, defende o governo de Budapeste.

Itália: A eleição mudará o apoio do país à Ucrânia?

Os italianos receberam ucranianos em seu país e em suas casas – aproximadamente 160.000, o segundo maior número na Europa Ocidental depois da Alemanha – e acredita-se que o governo nacional tenha fornecido a Kiev mais de 150 milhões de euros em armamento pesado.

No entanto, há sinais de que o apoio do país à Ucrânia pode estar a vacilar, à medida que a inflação, o aumento dos preços da energia e uma sensação geral de fadiga de guerra começam a surgir numa parcela significativa do público italiano.

Enquanto todos os principais partidos políticos italianos denunciaram Vladimir Putin e a sua invasão da Ucrânia, os movimentos pró-Rússia proliferaram entre vários partidos, especialmente na direita.

O público geral italiano também foi amplamente crítico de qualquer tipo de intervencionismo da NATO na Ucrânia – cerca de 83% – e estava dividido sobre o fornecimento de armas ao país invadido.

Em março, um grupo de trabalhadores do aeroporto Galileo Galilei, em Pisa, tentou bloquear um avião carregado de armas com destino à Ucrânia. Em junho, cerca de metade dos italianos opunha-se ao envio de armas para a Ucrânia.

Com as próximas eleições antecipadas, em que se prevê a vitória de um governo de direita liderado pela nacionalista Giorgia Meloni, alguns analistas questionam se o país poderia ver uma mudança de direção na sua atitude em relação à Rússia.

Lituânia: Bandeiras ucranianas em cada esquina

A agressão do Kremlin na Ucrânia não foi uma surpresa para a Lituânia, o estado báltico que faz fronteira com a Rússia através de seu enclave em Kaliningrado. Os políticos da capital Vilnius há anos que alertam a UE para a ameaça russa.

Linas Linkevičius, ex-ministro dos Negócios Estrangeiros, disse que a vida na Lituânia continua como sempre, mas as pessoas não estão tão relaxadas como antes, embora “a empatia e o apoio ao povo da Ucrânia sejam muito altos”, podendo ver-se “bandeiras ucranianas em cada esquina”.

Uma área específica de preocupação, no entanto, é a longa fronteira da Lituânia com a Bielorrússia, que Linkevičius disse estar “a perder a soberania diante dos nossos olhos”.

Moldávia: Candidata-se à adesão à UE e teme ser o próximo alvo de Moscovo

Apenas uma semana depois de a Rússia invadir a Ucrânia, a Moldávia solicitou formalmente a adesão à UE, acelerando o seu percurso pró-ocidente à luz dos eventos na Europa de Leste.

Bruxelas mais tarde fez da Moldávia uma candidata à adesão à UE, o primeiro passo num longo caminho para se juntar ao bloco dos 27.

“A guerra na Ucrânia teve um impacto devastador na economia da Moldávia”, disse Igor Munteanu, analista político e ex-embaixador da Moldávia em Washington, à Euronews. “Devido a esta guerra, o preço da energia, vários produtos e acesso a serviços básicos dispararam.”

A inflação na Moldávia subiu de 18,52% em fevereiro para 33,55% este mês, atingindo fortemente os bolsos do que já era o estado mais pobre da Europa, impulsionada pelos preços elevados do gás.

Além disso, a Moldávia viu um influxo de refugiados após o início da guerra. Mais de meio milhão de ucranianos cruzaram a fronteira, com cerca de 70.000 ainda a viver no país.

A primeira-ministra da Moldávia, Natalia Gavrilita, disse no início deste ano que “lidar com esse influxo é um dos maiores desafios que qualquer governo da Moldávia enfrentou nas últimas três décadas”.

Polónia: “Fundamental para o relacionamento de segurança da NATO com Moscovo”

A Polónia, que faz fronteira com a Ucrânia, estava na linha de frente do êxodo inicial de refugiados. Em agosto, 1,3 milhão de ucranianos fugiram para o país vizinho, segundo a agência de refugiados da ONU.

Enquanto grande parte do foco estava inicialmente na situação na fronteira ucraniano-polaca, grandes populações ucranianas agora estabelecem-se em aldeias e cidades em toda a Polónia.

Houve uma mobilização enorme e sem precedentes para ajudar os refugiados, com iniciativas públicas e privadas fornecendo alimentação, assistência médica e alojamento aos recém-chegados.

Ainda assim, houve algum retrocesso. Perante a crescente crise do custo de vida e da imensa pressão sobre os recursos locais, uma minoria de polacos reclamou que o governo estava a favorecer os ucranianos em detrimento do seu próprio povo.

“Se [isso] terá um impacto duradouro e de longo prazo depende do curso da guerra, e de quantos desses refugiados decidirem estabelecer-se na Polónia ou voltar para casa”, disse o professor Aleks Szczerbiak, especialista em política polaca da Universidade de Sussex.

“A Polónia tornou-se fundamental para o relacionamento de segurança da NATO com Moscovo”, disse o especialista.

Roménia: filas para ajudar refugiados ucranianos

A Roménia – assim como a Polónia, vizinha da Ucrânia ao noroeste – estendeu a sua mão para ajudar os refugiados em fuga.

Nos primeiros dias da invasão da Rússia, havia filas em ambos os lados da fronteira de Siret: ucranianos a tentar sair do seu país e entrar na Roménia, e romenos a ir para a fronteira para fazer ofertas de ajuda aos vizinhos.

Milhares de voluntários romenos ajudaram refugiados com comida, abrigo e transporte gratuitos, alguns também encontraram empregos.

Enquanto isso, as autoridades permitiram que eles tivessem assistência médica e educação gratuitas para os seus filhos.

Além da resposta humanitária da Roménia, o país também teve um impacto em termos de segurança. Na preparação para a guerra, a NATO fortaleceu o seu flanco leste, enviando 1.000 soldados para uma base na costa do Mar Negro da Roménia.

Espanha: Guerra provoca divisões no governo de coligação

É em tempos de crise que as falhas políticas são mais comumente expostas e, no caso do governo de coligação da Espanha, a guerra na Ucrânia não foi exceção.

A atual administração, liderada pelo primeiro-ministro de centro-esquerda, Pedro Sánchez, inclui três outros parceiros: a extrema-esquerda, Podemos, o socialista catalão En Comú Podem, e o nacionalista Galicia en Común.

Nas semanas anteriores à invasão da Ucrânia pela Rússia, as tensões já vinham à tona, pois a coligação estava dividida sobre a questão do envolvimento da NATO.

Enquanto Sánchez apoiou os esforços da aliança e concordou em enviar caças e navios para o Leste Europeu na esperança de dissuadir a Rússia, a ministra da igualdade Irene Montero, do Podemos, criticou tais planos e viu-os como uma forma de provocar uma maior escalada.

Desde o início do conflito, tais divisões não foram resolvidas.

Em julho, Madrid comprometeu-se a aumentar os seus gastos militares como parte da meta da NATO de destinar 2% do PIB à defesa.

O governo aprovou uma despesa pontual de quase mil milhões de euros que cobrirá despesas inesperadas produzidas pela invasão da Ucrânia pela Rússia.

“É muito simples de entender: o que se gasta em tanques, não se gasta em hospitais”, disse o porta-voz do Podemos, Pablo Echenique, respondendo à posição oe seu partido sobre o aumento dos gastos com defesa.

Reino Unido: O primeiro e o mais rápido a ajudar a Ucrânia

Para um país que recentemente votou para ficar de fora da União Europeia, a Grã-Bretanha ironicamente posicionou-se no centro da resposta da Europa à invasão da Ucrânia pela Rússia.

Estavam entre os primeiros e os mais rápidos a oferecer apoio militar robusto – incluindo um programa para treinar 10.000 soldados ucranianos – enquanto o público britânico respondeu com milhares de toneladas de ajuda humanitária e ofertas para alojar famílias ucranianas.

O apoio do Primeiro-ministro Boris Johnson à Ucrânia é alimentado em parte pelo aparente sentimento genuíno pela causa e em parte pela sua amizade pessoal com o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky.

A aparente sucessora de Johnson como primeira-ministra do Reino Unido, Liz Truss, também adotou uma linha dura contra o Kremlin, embora tenha feito uma viagem controversa a Moscovo antes da invasão.

Mas ela provavelmente herdará as chaves do número 10 de Downing Street com uma série de problemas políticos domésticos: a crise do custo de vida, o aumento das contas de energia, os problemas ambientais com esgotos nas praias da Grã-Bretanha.

Assim, a Ucrânia poderá deixar de estar no topo da sua lista de prioridades nos próximos meses.

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