Empresa inglesa de vinhos a operar em Portugal cria brigada anti-fraude para testar autenticidade dos produtos

A empresa de vinhos Oeno criou uma Unidade Antifraude especificamente dedicada ao combate aos produtos falsificados. Estimativas avançadas pela empresa britânica de investimentos vinícolas, que opera também em Portugal, apontam para 4 mil milhões de euros gastos todos os anos em vinhos ilegítimos.

O responsável da nova unidade, Mattia Tabacco, diz que o objetivo é reduzir o risco de consumo de produtos falsificados e de garantir a confiança dos investidores.

Em comunicado, a Oneo salienta que “o vinho tem vindo a crescer como um dos investimentos mais lucrativos nos dias de hoje, e é transacionado mundialmente com enorme frequência, o que começa a tornar cada vez mais importante a garantia da autenticidade dos vinhos raros”.

O processo de verificação de autenticidade abrange a análise da garrafa, da cápsula, da rolha e dos rótulos, através do cruzamento com dados contidos numa base informática da Oneo.

Tiago Stattmiller, gestor de contas da Oneo para o mercado português, explica que a nova unidade antifraude é composta por “uma equipa de especialistas vínicos vindos de França, Itália, Grécia, Espanha, Austrália, Portugal e até de África do Sul, para garantir a autenticidade dos vinhos”.

A nota de imprensa aponta como o exemplo o caso da venda, num leilão em Hong Kong, de uma garrafa de seis litros de Domaine de la Romanée-Conti, de 2022, arrebatada por mais de 350 mil euros. A venda foi depois revertida, sob suspeitas de que a mesma garrafa já teria sido vendida noutro leilão meses antes.

Cláudio Martins, embaixador da Oeno em Portugal e no Brasil, sublinha que “Hoje, a fraude do vinho ocorre de diversas formas e maneiras, desde telefonemas falsos até empresas de fachada de compra de vinho que assaltam empresas de investimento e certificações conhecida”.

“No início de outubro”, acrescenta a título de exemplo, “a polícia da Catalunha descobriu ‘irregularidades’ em linhas específicas de vinhos, que alegavam ser certificados pelas Denominações de Origem Priorat, Montsant e Terra Alta. Em Portugal, também temos todos os cuidados e atenções”.

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