Viagens e Turismo devem regressar a níveis pré-pandemia em 2023 e criar 126 milhões de empregos nos próximos 10 anos
O setor global das viagens e turismo deverá regressar a níveis pré-pandémicos já em 2023 e criar cerca de 126 milhões de empregos até 2032. As conclusões são avanças pelo mais recente Economic Impact Report (EIR) do Conselho Mundial de Viagens e Turismo (WTTC), apresentado esta quinta-feira, dia 21, em Manila, capital das Filipinas.
Identificando-o como uma das principais forças-motrizes da recuperação económica a nível mundial, o setor das viagens e do turismo deverá registar um crescimento médio anual de 5,8% entre 2022 e 2023, ultrapassando o ritmo de crescimento da economia mundial no mesmo período, calculado em 2,7%. Assim, é esperado que este segmento económico atinja os 14,6 biliões de dólares (cerca de 13,4 biliões de euros).
As previsões apontam para que o setor, em 2023, regresse a níveis pré-pandémicos, ficando somente a 0,1% aquém dos valores de 2019. Espera-se que até ao final de 2022, cresça 43,7%, para 8,4 biliões de dólares (cerca de 7,71 biliões de euros) e que venha a representar 8,5% do PIB mundial.
Em 2021, o setor cresceu 21,7% em comparação com o ano anterior e alcançou os 5,8 biliões de dólares (5,33 biliões de euros), tendo sido responsável pela criação de mais de 18 milhões de novos postos de trabalho.
Na conferência em Manila, a presidente e CEO da WTTC, Julia Simpson, afirmou que “Ao longo da próxima década, o setor das Viagens e Turismo criará 126 milhões de empregos em todo o mundo”, acrescentando que “um em cada três novos empregos criados estarão relacionados com o nosso setor”.
Estima-se que o emprego no setor das Viagens e Turismo aumente 3,5% já em 2022, com uma representatividade de 9,1% no mercado de trabalho mundial.
A responsável sublinhou que “A recuperação em 2021 foi mais lenta do que o esperado, devido, em parte, ao impacto da variante Ómicron, mas principalmente devido a uma abordagem descoordenada por parte dos governos, que rejeitaram os conselhos da Organização Mundial da Saúde, que defendeu que o encerramento das fronteiras não impediria a propagação do vírus, mas serviria apenas para prejudicar as economias e os meios de subsistência”.