Criptosalários: Pagamento em criptomoedas pode atrair talentos mais jovens para as empresas

A ascensão das criptomoedas tem despertado o interesse dos investidores mais jovens e, numa tentativa de captar talentos, várias empresas estão a apostar no pagamento dos seus salários em tokens digitais.

A ‘CNBC’ falou com Stephen Gerrits, aluno norte-americano que tem um part-time numa startup onde é pago em criptomoedas. Gerrits admitiu que ganhou o mesmo ou até mais em criptomoedas do que em dinheiro, embora as flutuações deste ativo digital não permitam dar uma resposta efetiva.

A start-up para onde trabalha, a SharpRank, vê nesta iniciativa uma oportunidade de atrair novos talentos. Chris Adams, fundador e CEO da empresa, admite que mais da metade dos seus funcionários recebem pelo menos parte de seu salário em criptomoedas.

Também desportistas, artistas e músicos estão a ser pagos em criptomoedas, como é o caso da artista Tiyanna Brown, de 29 anos, que quer apostar neste ativo digital como forma de eliminar o termo “artista faminto” do vocabulário.

 

Flutuação de criptomoedas representa risco

Embora possa parecer tentador receber o salário em criptomoedas, esta decisão envolve um grande risco devido à flutuação destes tokens digitais. Recorde-se que, este ano, o preço da Bitcoin ultrapassou os 67.000 dólares e acabou por cair para menos de 30.000 dólares.

No caso da Ethereum, a segunda moeda melhor cotada e usada por desenvolvedores para alimentar aplicativos descentralizados – incluindo NFT – atingiu uma alta histórica de perto de 4.800 dólares no dia 1 de dezembro, e foi negociada em baixa desde então, oscilando entre os 3.600 e os 3.900 dólares na última semana.

Do outro lado encontra-se uma questão tributária, visto que o pagamento dos salários em criptomoedas tornam a sua tributação num processo bastante complexo, que varia de país para país.

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