Lagarde mete “pé ao travão” devido à alta da inflação e pandemia. BCE deve evitar “compromissos de longo prazo”

O Banco Central Europeu (BCE) admitiu que poderá apenas definir um conjunto de políticas por um período relativamente curto na reunião de dezembro. Aumento da incerteza e alta da inflação são os motivos, no entanto os mercados precisam de orientação, disse Lagarde.

Em entrevista à ‘Reuters’, a presidente do BCE afirmou que existem formas de garantir certezas a longo prazo, sem fazer compromissos de longo prazo, sublinhando que não fará de momento esses compromissos “porque há muita incerteza”.

Os legisladores conservadores pediram ao BCE para evitar compromissos de longo prazo na reunião de 16 de dezembro, e discutiram ainda a possibilidade de adiar uma decisão até o início de 2022.

No entanto, Lagarde destaca que “precisamos de indicar muito claramente que estamos prontos (para agir), em ambas as direções”, acrescentando que, logo que estejam reunidas as condições para o aumento das taxas, o BCE “não hesitaria em agir”.

Lagarde minimizou ainda as preocupações com a variante Omicron do novo coronavírus, argumentando que a Europa se adaptou bem à vida com a pandemia.

A reunião de 16 de dezembo do BCE é a mais importante de todo o ano e terá um grande impacto na economia. O BCE já adiantou que vão ser aliviados os apoios de emergência no âmbito da pandemia de 1,85 biliões de euros em março, e que irão equacionar e implementar outras ferramentas para preencher o vazio.

 

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