Bolsa de Lisboa marcada pela recuperação da Jerónimo Martins em 1,61%
A bolsa de Lisboa estava hoje em alta, a manter a tendência da abertura, com as ações da Jerónimo Martins a subirem 1,61% para 19,52 euros, depois de terem caído 11% na sessão anterior.
Cerca das 09:00 em Lisboa, o principal índice da bolsa, o PSI20, avançava 0,38% para 5.675,65 pontos, com nove ‘papéis’ a subirem, seis descerem e quatro a manterem a cotação (Navigator em 3,33 euros, Novabase em 4,76 euros, REN em 2,50 euros e Semapa em 12,20 euros).
Depois de terem fechado a 21,61 euros na segunda-feira, as ações da Jerónimo Martins perderam 11% na terça-feira, após a Asteck ter anunciado a venda da participação de 5% que detinha na empresa.
Num comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a Jerónimo Martins disse ter recebido da Goldman Sachs uma informação a revelar que a Asteck, S.A. acordou vender as 31.464.759 ações que detinha na empresa ao preço de 19,75 por ação, o que corresponde a um total superior a 621 milhões de euros.
Após esta operação, a Asteck, empresa com sede no Luxemburgo e detida por uma ‘holding’ do setor petrolífero, deixa de deter ações da Jerónimo Martins.
Além das ações da Jerónimo Martins, as da Altri e da Greenvolt eram outras das que mais subiam, estando a valorizarem-se 1,42% para 6,05 euros e 1,22% para 6,66 euros, respetivamente.
Os lucros da Greenvolt atingiram, nos primeiros nove meses do ano, 7,5 milhões de euros, uma queda de 26,7% em relação ao período homólogo de 2020, divulgou na terça-feira a empresa.
Os títulos da Ramada Investimentos, Pharol e BCP também avançavam, designadamente 1,02% para 5,96 euros, 0,67% para 0,09 euros e 0,50% para 0,16 euros.
Em sentido contrário, as ações da Ibersol, NOS e Corticeira Amorim eram as que mais se desvalorizavam, estando a cair 1,57% para 5,00 euros, 1% para 3,36 euros e 0,85% para 11,70 euros.
Na Europa, as principais bolsas negociavam hoje mistas, com os receios dos investidores com o aumento dos contágios de covid-19 a dispararem de novo na Europa, onde alguns países já voltaram a impor restrições.
Antes do início da sessão na Europa soube-se que a inflação homóloga no Reino Unido subiu para 4,2% em outubro, contra 3,1% em setembro, que traduz o maior aumento desde novembro de 2011.
Hoje também será divulgada a taxa de inflação da zona euro e da União Europeia (UE) referente a outubro.
A bolsa de Nova Iorque terminou em alta na terça-feira, com o Dow Jones a subir 0,15% para 36.142,22 pontos, contra o máximo desde que foi criado em 1896, de 36.432,22 pontos, registado em 08 de novembro.
O Nasdaq fechou a valorizar-se 0,76% para 15.973,86 pontos, contra o atual máximo, de 15.982,36 pontos em 8 de novembro.
A nível cambial, o euro abriu em baixa no mercado de câmbios de Frankfurt, a cotar-se a 1,1309 dólares, um mínimo desde 13 de julho de 2020, contra 1,1328 dólares na terça-feira e o atual máximo desde maio de 2018, de 1,2300 dólares, em 05 de janeiro.
O barril de petróleo Brent para entrega em janeiro abriu em baixa no Intercontinental Exchange Futures (ICE) de Londres, a cotar-se a 82,06 dólares, contra 82,43 dólares na terça-feira e 85,65 dólares em 26 de outubro, um máximo desde outubro de 2018 (quando subiu até 86,43 dólares), mas os especialistas não excluem que possa atingir 90 dólares por barril antes do final do ano.
O ‘ouro negro’ tem vindo a subir recentemente devido à possibilidade de a procura aumentar a um ritmo mais rápido do que o nível da oferta nos próximos meses.
As economias em todo o mundo estão a aumentar o consumo de energia na sequência da queda da procura devido à pandemia.