‘Fan token’ do FC Porto dispara quase 1.000% em apenas 11 dias depois da estreia
Desde o dia 5 de novembro até esta terça-feira às 17h50 de Lisboa, o ‘fan token’ Porto, disponível na plataforma ‘Fan Token Exchange’ da Binance, parceira oficial do clube azul e branco, disparou 906,83%, para os 8.8450 euros.
Há onze dias, a Binance passou a ser parceira oficial do FC Porto. De acordo com a informação avançada em primeira mão à ‘Executive Digest’, o FC Porto é o primeiro clube português com que a plataforma de criptomoedas assina contrato, entrando em competitividade direta com a ‘exchange’ Socios.
Durante a primeira época, os dragões terão estampada na zona frontal das camisolas o logotipo da Binance, passando nas épocas seguintes a utilizar a mesma marca nas mangas.
Este criptoativo é emitido através do Binance Launchpad. Mais tarde, estará disponível através de via spot, cartões bancários e P2P.
Com o ‘Fan Token Porto’, os fãs podem recolher NFT raros, participar em sondagens exclusivas e desbloquear emblemas exclusivos e outras recompensas virtuais.
Contactado esta terça-feira pela Executive Digest, o porta-voz da Binance, Simon Matthews salientou que “estamos muito satisfeitos com os resultados do lançamento, as nossas últimas plataformas de lançamento tiveram um desempenho muito bom, e muitos dos nossos utilizadores estavam à espera do token do FC Porto”.
Como explica o porta-voz, estes números superaram em muito as expectativas pois apesar da empresa ter como clientes “muitos adeptos do futebol”, a realidade é que na altura do lançamento “o símbolo só estava disponível para os detentores da BNB na pré-venda, por isso, uma vez listado, muitos correram para comprar o token e o preço teve um crescimento notável.”
Na altura do lançamento, Jorge Nuno Pinto da Costa, presidente dos dragões comentou: “esta é uma parceria que nos ajuda a acompanhar a evolução do mundo atual, a alavancar os ativos digitais e, acima de tudo, a estar mais perto dos nossos fãs e dos seus interesses”. “Este é um acordo que valoriza o FC Porto e o seu parceiro, que é algo que procuramos em todas as parcerias que estabelecemos e também no nosso dia-a-dia”, acrescentou.
“Quem se junta ao FC Porto sabe que está a associar-se a um clube que quer ser o primeiro em tudo”, rematou o presidente do clube.
Binance, Socios e BetsPlayer ocupam mercado português
No fim de julho, o Estrela da Amadora foi o primeiro clube de futebol português a lançar um ‘fan token’, em parceria com a plataforma BetsPlayer. Na altura, e através das redes sociais, a SAD explicou que os adeptos podem “tirar rendimento da performance do clube”: “O token $CFEA é uma criptomoeda cujo valor varia de acordo com o mercado mas não só. Ao adquirir o nosso Token oficial terá direito a receber, no final de cada época, 5% das vendas do clube, 5% dos direitos de solidariedade e formação e 5% da rentabilidade anual do clube”.
A 23 de setembro, a Federação Portuguesa de Futebol (FPF) lançou um ‘Fan Token’ em parceria com a plataforma que mais parcerias tem com clubes de futebol europeus, a Socios.com, tornando-se a “40.ª grande organização desportiva a juntar-se à plataforma, que também inclui o FC Barcelona, AC Milan e a Seleção da Argentina”.
Atualmente seis dos 26 convocados de Portugal para o Campeonato da Europa representam clubes que integram a Socios.com, incluindo, Bernardo Silva e Rúben Dias (Manchester City), Danilo Pereira (Paris SG), Gonçalo Guedes (Valência CF) e João Félix (Atlético de Madrid).
No entanto, desde que foi lançado, este criptoativo caiu a pique, registando uma queda de 27,7% desde esta data, 0,8% na última semana e 10,5% nas últimas 24 horas, para os 1,52 dólares, com uma capitalização de mercado de 146.732 dólares, de acordo com os dados disponibilizados pela plataforma CoinGecko.
Na primeira semana de lançamento, cada ‘Token’ chegou a ser cotado, nos 2,90 dólares, com uma capitalização de mercado superior a um milhão de dólares.
Uma moda que veio para ficar
Os clubes de futebol estão a trocar patrocínios, com duração contratual de quase 25 anos, com empresas mais tradicionais e a celebrar novos acordos de parceria com plataformas e outros ‘players’ do mercado cripto.
O AC Milan, Juventus, FC Barcelona, Arsenal e Manchester City seguem o mesmo exemplo e assinaram contratos com a empresa de criptomoedas Socios. No caso do Inter, como outros, a empresa sediada em Malta e na Suíça chega mesmo a estar estampada nas camisolas dos jogadores.
Os fãs devem usar a própria moeda digital da Socios, Chiliz, para comprar tokens da equipa através do aplicação. A Chiliz vale hoje pouco mais de 20 cêntimos, tendo alcançado o pico dos 0,76 cêntimos, em abril, de acordo com os dados da Coin Market Cap.
Em maio, o ‘token’ do clube espanhol Atlético de Madrid subiu para mais de 42 euros, com um volume de mercado de 286 milhões de euros.
Do lado da Fórmula 1, o investimento no mundo das criptomoedas também se fez sentir. Em junho, a F1, passou a ser patrocinada pela ‘exchange’ Crypto.com, que agora faz parte de uma reputada lista de parcerias, com nomes como a Rolex, a Pirelli e a petrolífera Saudi Aramco. O negócio vale até 26 milhões de euros ao ano, de acordo com uma fonte da competição, em declarações ao Financial Times.