Captação de 500 milhões de euros em dívida ESG saiu cara ao BCP
O BCP foi o segundo banco português a emitir dívida ESG em Portugal, captando 500 milhões de euros, a seguir à Caixa Geral de Depósitos. No final do dia, as condições de mercado não foram as melhores, e o banco liderado por Miguel Maya acabou por pagar um prémio obrigacionista mais caro.
“O prémio foi superior porque as taxas da dívida soberana subiram nos últimos dias levando a um aumento nos prémios de risco”, explica Filipe Silva, diretor de investimentos do Banco Carregosa, citado pelo Jornal de Negócios, “lembrando que com a inflação a dar sinais de que poderá ficar por mais tempo do que inicialmente se pensava, os bancos centrais poderão ter de agir.” “O mercado ainda está a digerir toda a informação”, acrescenta o analista.
Questionado pelo Negócios, o banco não quis fazer comentários. No comunicado enviado às redações, a instituição financeira salienta que “a operação, que se seguiu a um bem-sucedido roadshow, foi colocada num conjunto muito diversificado de investidores institucionais europeus, muitos dos quais dedicados a investimentos ESG, o que sinaliza, por um lado, a confiança do mercado no banco e, por outro, um reconhecimento dos compromissos do Millennium bcp em matéria de financiamento sustentável.”