Flixbus promete “investir o que for necessário” para liderar o mercado dos expressos

Por Revista de Imprensa 11:44, 12 Jul 2021

Pablo Pastega, diretor-geral da empresa de transportes Flixbus, para Portugal e Espanha, concedeu uma entrevista ao Jornal de Negócios onde prometeu “investir o que for necessário” para se tornar líder no mercado dos “expressos” no país num prazo de dois a três anos.

“O Governo em Portugal está a alterar as medidas constantemente”, lamenta o responsável pela operação ibérica- O diretor-geral salienta que a Flixbus “não recebeu ajudas do Estado ou subvenções, como outros operadores ferroviários ou companhias aéreas”.

“Apesar disso, mantemos o objetivo de investir. Quando e quanto depende muito destas situações que nos afetam enormemente”, afirma, sublinhando que “até que acabe a pandemia não podemos estabelecer um plano claro de como, quando e a que ritmo vamos crescer”, refere o executivo da empresa que opera em Portugal desde 2017.

“Surpreendeu-nos muito que o Governo tenha retirado a restrição dos dois terços e em poucos dias tenha voltado a instaurá-la nas cidades com alto risco de infeção, sendo que muitos estudos científicos não demonstram que haja um risco de infeção maior nos autocarros do que nos aviões, e os aviões não têm restrições de capacidade”, critica.

Pastega explicou ainda ao Negócios que os investimentos da Flixbus serão feitos em três frentes: na ampliação da rede; na qualidade e preços competitivos; e em marketing “para gerar procura e darmo-nos a conhecer”. Em 2019, de acordo com os dados do mesmo jornal, “a Flixbus transportou no mercado nacional 430 mil passageiros, um número que recuou para os 215 mil em 2020 devido à pandemia”.