Toshiba nomeia Satoshi Tsunakawa para comandar a empresa até ser escolhido o novo CEO

O conselho da Toshiba nomeou o CEO Satoshi Tsunakawa como presidente interino da empresa, depois de expulsar Osamu Nagayama da função.

Num comunicado publicado, a empresa reconheceu “ a seriedade desta expulsão”.

A gigante japonesa começa agora o processo de recrutamento, para selecionar o sucessor de Tsunakawa.

A assembleia geral de acionistas votou pela saída do CEO da Toshiba, Osamu Nagayama, revelou uma fonte presente na reunião, em declarações à Reuters.

De acordo com a mesma fonte, esta assembleia contou com um maior número de acionistas estrangeiros do que em reuniões anteriores, dado que consideraram o encontro não só “de extrema importância para a vitalidade da empresa, como para a reputação do Japão”.

O conselho recém-eleito reúne-se hoje para nomear o novo presidente.

Nagayama está sob pressão para renunciar depois de uma investigação independente realizada este mês ter descoberto que a Toshiba em conluio com o Ministério do Comércio do Japão tentaram impedir que acionistas estrangeiros ganhassem influência no conselho, durante a assembleia geral anual do ano passado.

Esta semana, o CEO da Toshiba lançou um inquérito interno sobre os “eventos inaceitáveis” que assolaram a empresa. Numa carta aberta enviada aos acionistas, lamentou a “erosão na confiança da empresa”, depois do duelo entre administração e investidores.

“Para além da investigação em curso, a Toshiba vai ordenar o recrutamento de novos membros para o órgão executivo, acelerando o processo de seleção para a nomeação do futuro substituto de Satoshi Tsunakawa”,  presidente-executivo interino da empresa, esclarece a missiva.

Na semana passada, uma série de acionistas alegaram que havia um conluio entre a empresa japonesa e o Governo de Tóquio para prejudicar determinados detentores de participações sociais.

Num comunicado enviado às principais redações do mundo, o fundo Effissimo de Singapura, o maior acionista da Toshiba, com uma participação de 9,9%, classificou o conselho de administração “como ineficiente” e pediu a saída de Nagayama.

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