Maxyield defende que a “família Queiroz Pereira pretende recorrer a prolongamento ilegal” e chama CMVM

A família Queiroz Pereira ainda não conseguiu atingir os limites legais conseguir retirar a Semapa da bolsa, pelo que a empresa continuará cotada no PSI-20. A Sodim passou a deter 81,326% do capital da Semapa (66.093765 ações), representativas de 82,752% dos direitos de voto, após a OPA sobre a empresa, segundo os dados divulgados ontem pela Euronext Lisbon.

Para o Clube de Pequenos Acionistas, Maxyield, a Sodim “continua a cometer o erro de persistir num preço muito inferior ao real valor da Semapa, que vai afetar gravemente as suas relações com o mercado de capitais”, pois pretende recorrer, o que a seu ver, é “um prolongamento ilegal de aquisição de ações da Semapa, na tentativa de obter o que não conseguiu no prazo da Oferta”. A OPA terminou, sendo que a aquisição de ações da Semapa pela Sodim fica sujeita a nova OPA, que só pode ter lugar decorridos 12 meses.

No comunicado enviado às redações, a Maxyield alerta ainda que a comunicação ao mercado feita em 1 de junho, de que durante os cinco dias subsequentes ao dia de apuramento dos resultados da Oferta, “iria instruir os seus intermediários financeiros (BCP e Caixa-Banco Investimento) para diligenciarem a compra, por parte da Sodim, de todas as ações representativas do capital social da Semapa que lhe venham a ser oferecidas para compra ao preço, em numerário, igual ao preço pago pela Sodim na Oferta, isto é, ao preço de 11€66 por ação Semapa”. “É um atropelo às normas legais vigentes e uma violação do Código de Valores Mobiliários”, pode ler-se no documento.

Neste quadro, o Clube dos Pequenos Acionistas “entende ser necessária uma intervenção imediata da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários para pôr fim a um ato de violação do Código de Valores mobiliários por parte da Sodim”.

A Maxyield “informa ainda o mercado de capitais que qualquer atuação dos intermediários financeiros da Sodim, promovendo a compra de ações da Semapa, será judicialmente responsabilizada e vai alertar o Banco de Portugal para a sua ilegalidade”.

O pequeno clube de acionistas reafirma, no entanto, a sua posição de princípio de não ter sido contra a OPA, e reconheceu o sentido empresarial da Oferta, mas foi absolutamente contra o baixo preço que a família Queiroz Pereira pretendeu pagar pelo capital que não dispõe na Semapa.

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