Atividade na zona euro contrai-se em janeiro
A atividade empresarial na zona euro começou 2021 com novos declínios devido ao impacto da “pandemia persistente” e restrições associadas, segundo o indicador PMI ‘flash’ da IHS Markit, que reflete desenvolvimentos mais negativos tanto na indústria como nos serviços.
Segundo um comunicado divulgado hoje, o indicador PMI (Purchasing Managers’ Index) ‘flash’ de atividade global da zona euro foi de 47,5 pontos em janeiro, contra 49,1 em dezembro, o terceiro declínio mensal consecutivo e a maior deterioração desde novembro do ano passado.
Por atividades, a taxa de crescimento da produção industrial enfraqueceu para o nível mais baixo desde o início da recuperação e a atividade do setor dos serviços caiu ao segundo ritmo mais rápido desde maio do ano passado, sublinha.
Contudo, o relatório sublinha que “os sinais mais fortes de resiliência à pandemia persistente” continuaram a ser vistos no setor da indústria transformadora.
Por países, o relatório observa que a deterioração dos resultados em janeiro foi generalizada, embora com divergências.
Assim, embora a Alemanha também tenha visto a sua atividade cair, resistiu melhor do que França ou o resto da zona euro, onde o declínio acelerou mais.
“Parece cada vez mais inevitável que a economia da zona euro sofra uma dupla recessão já que a agudização das restrições causou mais estragos nas empresas em janeiro”, avalia o economista chefe do IHS Markit, Chris Williamson.
“Os dados agregados dos inquéritos sugerem que o início de 2021 será pouco animador para a zona euro, mas que a economia deverá recuperar o seu dinamismo à medida que a vacinação se intensificar”, conclui.