2021 está já ao virar da esquina. 7 dicas para entrar no novo ano com a vida financeira arrumada
O novo ano está à porta mas o que resta deste atípico 2020, abalado pela pandemia do novo coronavírus, são mais do que boas razões para arrumar a vida financeira, da melhor forma possível. Ao fazermos um orçamento e uma poupança mensal, se acontecerem imprevistos, estaremos mais bem preparados e mais confortáveis financeiramente.
O Doutor Finanças, empresa especializada em finanças pessoais e familiares, lança sete dicas importantes para entrarmos em 2021 com a vida financeira arrumada (e uma carteira mais saudável).
“2020 foi um ano completamente atípico e, para muitos, a prova de que estarmos preparados financeiramente é fundamental. Seja por perda de rendimentos ou por um encargo extra, só quem tiver um orçamento familiar e o cumprir (com a poupança sempre em primeiro lugar) ultrapassará as adversidades financeiras de forma mais tranquila. E é neste contexto que aconselho: invista algum tempo a fazer um planeamento financeiro e garanto-lhe que não se arrependerá”, sublinha Rui Bairrada, CEO do Doutor Finanças.
Estas são as 7 dicas que podem fazer a diferença no seu planeamento:
- Planear o novo ano que aí vem (e o que falta deste). É importante analisar o plano traçado para este ano e fazer um balanço. Através desta análise é possível perceber o que correu bem e aquilo que correu menos bem. Este processo ajuda no momento de fazer o planeamento para 2021, uma vez que se percebe o que deve ser limado e o que deve ser mantido. Este exercício pode ser feito em qualquer altura, mesmo em novembro. O mesmo se aplica à poupança. Após concluir a análise sobre 2020, é importante antecipar-se e começar já a verificar as despesas e receitas do próximo ano. É importante que se faça um orçamento familiar contemplando o máximo de informação relativa às despesas que já se sabe que vão ocorrer no próximo ano, como o IMI ou o regresso às aulas. E que se estabeleça alguma margem, para os imprevistos que possam acontecer ao longo do ano.
- Poupar no crédito habitação. Neste momento o crédito está mais barato, uma vez que a taxa Euribor continua em valores negativos e os spreads estão mais baixos (já existem mesmo bancos a oferecer spreads mínimos abaixo dos 1%). Dada a conjuntura atual, quem tem crédito habitação há mais de dois anos pode estar a perder (muito) dinheiro. Ainda assim, e independentemente da altura, a recomendação é que se consulte o mercado, uma vez que este pode estar a oferecer melhores condições. Uma forma de se poupar com o empréstimo da casa é transferir o crédito para outra entidade, que ofereça melhores condições, nomeadamente nos outros produtos e serviços associados como os cartões e seguros.
- Analisar os seguros. Embora possa parecer estranho, a verdade é que ainda é usual encontrar quem não saiba ao certo quantos seguros tem e as suas coberturas. Por exemplo, as coberturas duplicadas são muito comuns, contratadas em seguros distintos. A mensalidade dos seguros de vida e multirriscos associados ao crédito habitação, por vezes, pode tornar-se numa despesa mensal mais exigente do que a mensalidade do próprio empréstimo. É muito comum contratar este tipo de seguros junto da entidade bancária onde se está a fazer o crédito, contudo, esta pode não ser a solução mais económica. A recomendação é que se procure soluções mais vantajosas, que podem ser subscritas fora do próprio banco, nomeadamente com a ajuda de um intermediário financeiro, como o Doutor Finanças.
- Juntar todos os créditos num só. Quem tem vários créditos em mãos, como por exemplo um para o automóvel, outro para o computador e um outro crédito pessoal, pode poupar dinheiro se juntar todos os créditos num só, através da consolidação de créditos. Esta é uma solução financeira que permite ter uma única prestação mais baixa e com melhores condições. A consolidação vai, assim, ajudar a ter uma folga orçamental no final do mês e uma poupança significativa no final do contrato de crédito. Claro que o valor da poupança vai sempre depender de caso para caso.
- Rever e renegociar serviços. Um exercício fundamental é parar para pensar quanto dinheiro se gasta em coisas que não se utiliza. Quanto é que se gasta em serviços de streaming ou no ginásio e qual a sua utilização? A resposta a estas questões será vital para se perceber se se pode eliminar algum custo. Já serviços como a água, a eletricidade, o gás e telecomunicações, que são despesas tidas como fixas e essenciais, devem ser renegociados com os fornecedores para se tentar obter alguma redução de encargos.
- Negociar dívidas. Há casos em que não é possível fazer a consolidação dos créditos, nomeadamente pessoas que entraram em incumprimento. Nestas situações, a solução pode passar pela negociação dos contratos.
- Começar já hoje a poupança de 2021. Independente da situação atual, por muito que se fale em poupança e como pode ser feita, na hora H o maior inimigo é muitas vezes a inércia. Quanto mais cedo se organizar o orçamento e se começar a poupar dinheiro, mais cedo se colhem os frutos desse esforço. A poupança automática é uma ótima ajuda neste campo. Assim, garante-se que se poupa todos os meses e que se cria um pé de meia para despesas futuras.