Apenas quatro países da Europa estão abaixo do “limiar crítico” de casos de Covid-19
Apenas quatro países europeus estão abaixo de um nível crucial de casos de covid-19, enquanto o continente luta para conter novos surtos. O “limiar de alarme” do Centro Europeu de Prevenção e Controlo das Doenças (ECDC) é de 20 casos por 100.000 pessoas, numa média de sete dias.
Apenas a Alemanha (com 18,4 casos por 100.000 habitantes), a Finlândia (15,5), o Chipre (14,6) e a Noruega (13,9) estão abaixo deste “limiar crítico” de casos, de acordo com dados do ECDC divulgados esta segunda-feira. No outro extremo da escala está a República Checa (167,6), os Países Baixos (140,3) e França (120,3).
Nestes países, o risco de contrair o novo coronavírus é elevado, já que há uma probabilidade muito elevada de infecção e pessoas mais vulneráveis, isto é, os grupos de alto risco enfrentam um “impacto muito elevado” da doença.
A taxa de mortalidade também tem vindo a aumentar na Europa e o aumento nos níveis de casos registam-se em 27 países, de acordo com o relatório semanal da agência, publicado na quinta-feira.
Na Europa, vários países estão também a introduzir novas restrições no sentido de travar a propagação da covid-19.
Na Irlanda, a Equipa Nacional de Emergência de Saúde Pública recomendou a implementação de medidas mais apertadas em todo o país.
A Islândia introduziu uma série de novas regras, incluindo restrições aos ajuntamentos e ao encerramento de algumas instalações de lazer.
Paris está à beira de um novo encerramento, com a grande área da capital francesa classificada como uma zona de “alerta máximo”.
A República Checa já entrou em estado de emergência.
Os distritos centrais de Berlim foram classificados como zonas de risco pelo organismo de saúde da Alemanha.
Entretanto, a Presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, anunciou que vai deixar de cumprir quarentena esta terça-feira, após ter entrado em contacto com António Lobo Xavier, que testou positivo para a covid-19. Von der Leyen ignorou, assim, as rcomendações feitas pelas autoridades de saúde e pela própria União Europeia de 14 dias de auto-isolamento.
No Reino Unido, houve uma falha no registo de quase 16.000 infeções. A autoridade sanitária britânica admitiu que milhares de casos não tinham sido incluídos na contagem de infecções pelo novo coronavírus no país devido a uma “questão técnica”.