UBS estuda fusão com Credit Suisse
Os presidentes do UBS Group AG e do Credit Suisse Group AG estão a explorar uma potencial fusão para criar um dos maiores bancos da Europa, informou o blog financeiro suíço Inside Paradeplatz.
O projecto, apelidado de Signal, está a ser conduzido pelo presidente do UBS, Axel Weber, que está a trabalhar com o seu homólogo do Credit Suisse, Urs Rohner. Weber discutiu a ideia com o ministro das finanças suíço, Ueli Maurer, e, de acordo com o Inside Paradeplatz, um acordo poderá acontecer até ao início do próximo ano.
Os porta-vozes dos dois bancos recusaram-se a comentar, adianta a Bloomberg.
O sector financeiro está sob pressão para se consolidar à medida que a pandemia continua a ter um impacto bastante negativo.
O CaixaBank SA de Espanha e a Bankia SA disseram este mês que estão a explorar uma fusão para formar o maior credor do país e dar início à consolidação. Embora um acordo entre os dois bancos suíços permitisse eliminar a sobreposição, a execução de tal transacção poderia ser difícil, disse Andreas Venditti, um analista da Vontobel, à Bloomberg.
“A regulamentação seria o maior obstáculo a meu ver”, já que os requisitos são mais rigorosos quanto maior for uma instituição, disse Venditti, acrescentando que não pensa que um acordo seja provável.
As acções da Credit Suisse subiram 2%, esta manhã, e o UBS ganhou 1,3%.
Weber continuará, provavelmente, como presidente da empresa combinada, enquanto o CEO da nova entidade poderá vir do Credit Suisse, de acordo com a página suíça.
Uma fusão poderá resultar em cortes de postos de trabalho entre 10% e 20% da mão-de-obra, ou 15.000 ou mais a nível mundial.