Prioridade ou coação? Professores russos recusam-se a aceitar obrigatoriedade da vacina Sputnik V

O sindicato de professores russos independente, Uchitel, está a apelar aos docentes para não serem coagidos a aceitarem doses da vacina russa contra a Covid-19, Sputnik V.

As clínicas de Moscovo, na Rússia, começaram na semana passada a receber fornecimentos da vacina, que foi aprovada para utilização dentro do país, apesar de os testes finais da fase 3, que envolvem 40.000 pessoas, terem começado apenas na última quarta-feira.

A partir de Setembro, médicos e professores estarão entre os primeiros a receber a vacina numa base voluntária, indica a agência Reuters, um acordo que o Presidente russo, Vladimir Putin, declarou apoiar.

Com a reabertura das escolas russas esta terça-feira, dia 1 de Setembro, pela primeira vez desde Março, o sindicato de professores Uchitel lançou uma petição online contra a obrigatoriedade da vacina para os professores antes de todos os ensaios clínicos estarem concluídos.

“É provável que os directores das escolas estejam sob pressão para que todos sejam vacinados”, indica a petição.

O Uchitel representa apenas cerca de 700 dos 1,2 milhões de professores da Rússia, disse um membro do sindicato à Reuters, no entanto, quase 1.400 pessoas já assinaram a petição, de acordo com a mesma fonte.

O Ministério da Saúde russo referiu que a vacinação seria voluntária e redireccionou outras questões para o Ministério da Educação, que não comentou.

A vacina será obrigatória para militares, informou o ministro da Defesa, Sergei Shoigu.

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