Menores retirados às famílias sujeitos a isolamento de 14 dias. Provedoria da Justiça recebe queixa
A Provedoria de Justiça recebeu uma queixa por causa da orientação da Direcção-Geral da Saúde (DGS) que determina que as crianças e jovens em perigo retirados às famílias têm de cumprir um isolamento de 14 dias quando são institucionalizados.
Segundo esta orientação da DGS, os menores têm de entrar sozinhos nas casas de acolhimento e ficar de quarentena, mesmo com teste negativo.
Neste sentido, a associação AjudAjudar remeteu esta segunda-feira uma queixa à Provedoria de Justiça, conforme noticiou o jornal Público.
Em declarações à Rádio Renascença, Sónia Rodrigues, da AjudAjudar, fala numa situação inadmissível e pede novas orientações às autoridades de saúde. Por serem crianças e jovens precisam de convívio.
“Estão numa situação de desprotecção social e quando são retirados às suas famílias é porque existiram situações muito problemáticas – estão numa situação de fragilidade – e precisam de outro tipo de orientações”, alertou.
A orientação emitida pela DGS reconhece que as medidas podem ser “extremamente penalizadoras para uma criança que acaba de ser acolhida”, no entanto, “não as implementar pode atentar contra o interesse das outras crianças e dos profissionais e voluntários que trabalham na instituição”.