Coronavírus. 5 perguntas-chave que os investidores se devem fazer para enfrentar a crise

Na atual conjuntura difícil, sob pressão da pandemia mundial do coronavírus, os investidores lidam com a volatilidade e incerteza da economia e estão a ser forçados a repensar os seus investimentos. Ao redesenhar as suas estratégias, a Mapfre AM sugere que os investidores consigam responder às cinco questões seguintes:

Qual o horizonte temporal dos meus investimentos?

Qual é a minha tolerância a riscos?

Quanto dinheiro estou disposto a perder?

Acompanho as notícias económicas e comerciais?

Tento diversificar as fontes de informação?

A paragem, praticamente total, da economia, fruto das medidas que os governos têm vindo colocar em prática, causará dois choques, em fases diferentes, na perspetiva da Mapfre AM. “A primeira fase é um choque de oferta. No início, o encerramento de várias fábricas na China causou a falta de fornecimento de componentes em muitas indústrias nos países desenvolvidos. Atualmente, com o desenvolvimento da pandemia no Ocidente, as fábricas europeias são obrigadas a interromper a produção “, salienta Javier Lendines, CEO da Mapfre AM .

Segundo este especialista, a segunda fase do choque afeta a procura. “Com uma alta percentagem de população desempregada, falta de confiança na estabilidade ou no futuro das empresas, e consumo e investimento decrescentes”, reforça.

Para um horizonte a médio prazo, a Mapfre AM, deixa algumas recomendações.

No caso da “renda fixa”, alerta os investidores para evitar investimentos de longa duração, pois, diante do aumento dos retornos de mercado dos ativos, o preço reage em queda. Os ativos de renda fixa podem ter um mau desempenho nos próximos anos porque “as taxas de juros da dívida pública nas principais economias da zona euro estão próximas de mínimos históricos. Os aumentos esperados nos défices públicos (subsídios de desemprego, renda mais baixa)implicam em maiores necessidades de financiamento por parte dos governos, o que aumentará a oferta de dívida pública, diminuindo seu preço”.

Quanto a “renda fixa privada”, a Mapfre AM refere que “a deterioração da qualidade do crédito, o aumento das falências e os maiores custos de financiamento implicam que, em geral, sejam um ativo a ser reduzido nas carteiras. Somente o profundo conhecimento dos emissores, priorizando empresas com baixa dívida e exposição reduzida ao ciclo poderia justificar o investimento em determinados emissores”.

Sobre a “renda variável”, recorda que após uma queda de mais de 40% no ano, se o horizonte de tempo do investidor for realmente de médio prazo, os níveis atuais são atraentes para assumir posições no mercado. “É aconselhável não investir todo o capital disponível em investimentos de um único momento. Se houver mais correções, deverá permitir ficar com uma percentagem do que está disponível para continuar a investir”.

 

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