Grupo Wagner está a recrutar mais de 1.500 criminosos para reforçar forças da Rússia na Ucrânia

O Grupo Wagner, uma organização privada de mercenários que têm alimentado o esforço de guerra da Rússia na Ucrânia, está a tentar recrutar mais de 1.500 criminosos nas prisões russas para reforçar as forças de Moscovo no país vizinho. Contudo, são vários os que estão a recusar a ‘oferta’ de emprego.

Um oficial da Defesa dos Estados Unidos conta à ‘Reuters’, em condição de anonimato, que “as nossas informações indicam que [o Grupo Wagner] tem sofrido fortes perdas na Ucrânia, especialmente e sem surpresa entre os mais combatentes mais jovens e inexperientes”.

O Grupo Wagner tem servido de braço mercenário do Kremlin, especialmente em teatros de guerra em África, onde atuam, embora não oficialmente, a mando do governo russo, onde realizam operações clandestinas.

O Presidente russo, Vladimir Putin, já disse publicamente que o coletivo de mercenários não representa a Rússia, apontando que as empresas militares privadas podem trabalhar onde bem entendem, desde que não violem a lei russa.

Vídeos publicados recentemente nas redes sociais parecem mostrar Yevgeny Prigozhin, o líder do Grupo Wagner, em estabelecimentos prisionais na Rússia a instar os reclusos a integrarem as forças mercenárias na Ucrânia.

Além de russos, o Grupo estará também a recrutar tajiques, bielorrussos e arménios.

Em agosto, a Defesa dos EUA tinha divulgado que a Rússia terá perdido entre 70 mil e 80 mil soldados na Ucrânia desde o início do conflito, a 24 de fevereiro passado. Contudo, estimativas das Forças Armadas ucranianas apontam para perdas de 54 mil militares.

Diversas organizações cívicas e a própria Ucrânia já acusaram o Grupo Wagner de várias violações dos direitos humanos em várias partes do mundo.

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