Grupo Wagner está a recrutar mais de 1.500 criminosos para reforçar forças da Rússia na Ucrânia
O Grupo Wagner, uma organização privada de mercenários que têm alimentado o esforço de guerra da Rússia na Ucrânia, está a tentar recrutar mais de 1.500 criminosos nas prisões russas para reforçar as forças de Moscovo no país vizinho. Contudo, são vários os que estão a recusar a ‘oferta’ de emprego.
Um oficial da Defesa dos Estados Unidos conta à ‘Reuters’, em condição de anonimato, que “as nossas informações indicam que [o Grupo Wagner] tem sofrido fortes perdas na Ucrânia, especialmente e sem surpresa entre os mais combatentes mais jovens e inexperientes”.
O Grupo Wagner tem servido de braço mercenário do Kremlin, especialmente em teatros de guerra em África, onde atuam, embora não oficialmente, a mando do governo russo, onde realizam operações clandestinas.
O Presidente russo, Vladimir Putin, já disse publicamente que o coletivo de mercenários não representa a Rússia, apontando que as empresas militares privadas podem trabalhar onde bem entendem, desde que não violem a lei russa.
Vídeos publicados recentemente nas redes sociais parecem mostrar Yevgeny Prigozhin, o líder do Grupo Wagner, em estabelecimentos prisionais na Rússia a instar os reclusos a integrarem as forças mercenárias na Ucrânia.
Além de russos, o Grupo estará também a recrutar tajiques, bielorrussos e arménios.
Em agosto, a Defesa dos EUA tinha divulgado que a Rússia terá perdido entre 70 mil e 80 mil soldados na Ucrânia desde o início do conflito, a 24 de fevereiro passado. Contudo, estimativas das Forças Armadas ucranianas apontam para perdas de 54 mil militares.
These are the indicative estimates of Russia’s combat losses as of Sept. 20, according to the Armed Forces of Ukraine. pic.twitter.com/D7k7fMZdzY
— The Kyiv Independent (@KyivIndependent) September 20, 2022
Diversas organizações cívicas e a própria Ucrânia já acusaram o Grupo Wagner de várias violações dos direitos humanos em várias partes do mundo.