Costa discursa esta tarde na Assembleia Geral da ONU para apelar ao diálogo com a Rússia

O primeiro-ministro, António Costa, vai discursar hoje, a partir das 16h30 no debate geral da 77ª sessão da Assembleia Geral das Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova Iorque.

Será a sua terceira intervenção no debate geral anual entre chefes de Estado e de Governo dos 193 membros da ONU, em que participou em 2017 e em 2020 – nessa segunda vez não presencialmente, mas por videoconferência, devido à pandemia da Covid-19.

Também esta quinta-feira, o primeiro-ministro terá um encontro com o secretário-geral da ONU, António Guterres, nas Nações Unidas.

O debate geral deste ano entre líderes mundiais será o primeiro desde que a Federação Russa invadiu a Ucrânia, em 24 de fevereiro, dando início a uma guerra que já leva quase sete meses.

Nesta deslocação às Nações Unidas, António Costa esteve acompanhado pelo ministro dos Negócios Estrangeiros, João Gomes Cravinho, e pelo secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, Francisco André.

Portugal, que lançou em 2016 a candidatura vencedora de António Guterres a secretário-geral da ONU, entretanto reconduzido no cargo em 2021 e com mandato até ao fim de 2026, é candidato a um lugar de membro não-permanente no Conselho de Segurança da ONU no biénio 2027-2028 – processo que foi anunciado em 2013 pelo então ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Portas, e para o qual no ano passado o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, pediu a confiança dos Estados-membros das Nações Unidas.

Os trabalhos da 77ª sessão da Assembleia Geral da ONU, que tem como tema “Soluções por meio da solidariedade, sustentabilidade e ciência”, começaram no passado dia 13.

Nestes encontros anuais, tanto o primeiro-ministro como o Presidente da República têm reiterado a defesa do multilateralismo e das prioridades definidas pelo secretário-geral da ONU, o apoio à abolição universal da pena de morte e a uma reforma do Conselho de Segurança que inclua neste órgão um país africano, o Brasil e a Índia como membros permanentes.

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