FMI: Espanha poderá injectar mais capital na banca

lacaixaO FMI avisou que a banca espanhola poderá ter de recorrer ao financiamento público para continuar a reestruturar o sector e diminuir o risco dos bancos mais vulneráveis.

Numa dura análise ao sistema bancário, feita depois de duas visitas a Espanha, em Fevereiro e Abril, o FMI reconhece as mudanças positivas nos maiores bancos, que “parecem suficientemente capitalizados para suportar um agravamento das condições económicas”. O organismo reconhece, num comunicado emitido, a “profunda e bem-vinda reestruturação do sector das caixas”.

Mas “a vulnerabilidade persiste noutros bancos que dependem de apoio público”, o que coloca em risco todo o sector face à incerteza dos mercados financeiros.

O FMI avisa mesmo que “pode ser necessário um recurso maior ao financiamento público, depois de esgotar as opções para a recapitalização privada, com o objectivo de preservar a estabilidade financeira e evitar uma desalavancagem excessiva”.

No entanto, o ministro da Economia, Luis de Guindos, tem vindo a afirmar que a reestruturação do sector bancário será concretizada sem a utilização de mais fundos públicos.

A análise do FMI acresce às pressões de Bruxelas para que Espanha recorra ao fundo europeu de resgate para o saneamento das contas da banca.

A reestruturação da banca incluiu até agora a fusão de diversas instituições, a redução de 45 para 11 caixas de aforro privadas e a injecção de capital nacional do Fundo de Reestruturação Ordenada Bancária (FROB).

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