Dilma Rousseff critica países desenvolvidos
A conferência das Nações Unidas para o desenvolvimento sustentável teve ontem abertura com críticas da presidente brasileira aos países desenvolvidos. Dilma Rousseff, a grande anfitriã do evento que vai reunir governos de todo o mundo nos próximos dias, pediu rapidez para resolver os problemas globais.
“Estamos aqui porque o mundo demanda mudança”, defendeu a presidente do Brasil, afirmando que “o tempo é o recurso de maior escassez”.
Dilma Rousseff criticou os países desenvolvidos, pela “transferência das indústrias poluentes do Norte para o Sul”, que criou emprego mas “deixou uma pesada carga” sobre o ambiente.
As promessas de financiamento para os países em desenvolvimento não se concretizaram “nos níveis prometidos e necessários”, apontou. A anfitriã da Rio+20 relembrou que os compromissos assumidos pelos países industrializados no Protocolo de Quioto não foram cumpridos, referindo que o princípio das responsabilidades comuns mas diferenciadas “tem sido muitas vezes recusado na prática”.
Da conferência, deverá sair um novo guião para o desenvolvimento sustentável, que tem base no documento “O futuro que queremos”.
Publicado ontem, este texto resulta do acordo entre os governos presentes e “representa, antes de tudo, uma decisão de não retroceder em compromissos que assumimos no passado”.
“Mas não bastam as conquistas do passado”, defendeu. Assim, o documento aposta na economia verde como plataforma para o desenvolvimento sustentável e estabelece a importância do financiamento dos países em desenvolvimento.