INE: Preços da habitação em Lisboa baixaram pela 1.ª vez desde 2016. Veja onde estão as casas mais baratas do país

A cidade de Lisboa apresentou pela primeira vez, desde o primeiro trimestre de 2016, uma redução homóloga dos preços da habitação de menos 1,1%.

No período de 12 meses terminado em março de 2021, a cidade de Lisboa apresentou o preço mediano de alojamentos familiares mais elevado (3 296 €/m2), entre as sete cidades com mais de 100 mil habitantes.

A cidade de Lisboa registou a maior diferença entre os preços de alojamentos novos (4 282 €/m2) e de alojamentos existentes (3 211 €/m2): 1 071 €/m2 . Lisboa distinguiu-se também, tal como em trimestres anteriores, por apresentar os preços mais elevados, entre as sete cidades com mais de 100 mil habitantes, em todas as classes de tipologia do alojamento consideradas.

A maior diferença entre os valores medianos nas quatro classes de tipologia do alojamento registou-se no Porto, entre as tipologias T0 ou T1 (2 614 €/m2) e T4 ou superior (1 821 €/m2). A cidade de Vila Nova de Gaia registou a menor diferença de preços entre as quatro classes de tipologia do alojamento (165 €/m2): a tipologia T4 ou superior assumiu o menor valor mediano (1 254 €/m2) enquanto as tipologias T0 ou T1 apresentaram o mais elevado preço da habitação (1 419 €/m2) na cidade.

A cidade do Porto destacou-se por registar o maior crescimento face ao período homólogo (+19,2% vs. +7,2% em Portugal). Para além do Porto, Vila Nova de Gaia (+13,8%), Amadora (+9,7%) e Braga (+8,8%) registaram também um crescimento homólogo superior ao valor nacional (+7,2%).

As cidades do Funchal (+5,7%) e Coimbra (+4,0%) apresentaram um aumento dos preços da habitação, mas inferior ao do país.

A cidade de Lisboa destacou-se por apresentar pela primeira vez, desde o início desta série das Estatísticas de Preços da Habitação ao nível local uma taxa de variação homóloga negativa (-1,1%).

Lisboa reforça, assim, a tendência de desaceleração dos preços da habitação que se verifica desde o quarto trimestre de 2018.

Face ao período de 12 meses terminado em dezembro 2020, a taxa de variação homóloga do preço mediano aumentou apenas na cidade do Porto.

A cidade do Funchal registou a maior diminuição, seguida de Lisboa, Coimbra, Amadora e Braga. A cidade de Vila Nova de Gaia apresentou uma variação nula. No período de 12 meses terminado em março de 2021, nas cidades de Lisboa, Porto, Amadora, Funchal, Coimbra e Vila Nova de Gaia, o preço de venda de alojamentos manteve-se acima do valor do país.

Braga (1 056 €/m2) foi a única cidade com mais de 100 mil habitantes que registou um preço inferior ao valor nacional, tal como em trimestres anteriores.

Beiras e Serra da Estrela registou o menor preço mediano

No primeiro trimestre de 2021, o preço mediano de alojamentos familiares em Portugal foi de 1 241 €/m2. A sub-região Beiras e Serra da Estrela registou o maior decréscimo (-19,3%) e o menor preço mediano de venda de alojamentos familiares (476 €/m2 ).

Este valor representa um aumento face ao 4º trimestre de 2020 (+4,5%) e relativamente ao 1º trimestre de 2020 (+3,1%). A evolução da taxa de variação homóloga entre o 4º trimestre de 2020 e o 1º trimestre de 2021, de 7,8% para 3,1%, evidencia uma desaceleração dos preços da habitação, interrompendo a aceleração verificada no último trimestre.

No período em análise, tal como no trimestre anterior, as três sub-regiões com os preços mais elevados – Algarve (1 755 €/m2 ), Área Metropolitana de Lisboa (1 685 €/m2 ) e Área Metropolitana do Porto (1 333 €/m2 ) – registaram, simultaneamente, taxas de variação homóloga – +4,3%, +4,1% e +11,1%, respetivamente – mais expressivas que a do país (+3,1%).

Para além destas três sub-regiões, também a Região Autónoma da Madeira (1 402 €/m2 ) registou um preço mediano superior ao país, apresentando, contudo, um crescimento homólogo (+1,4%) inferior ao do país.

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