A Ciência por trás de sete grandes princípios de liderança

O artigo ‘A ciência por trás de sete grandes princípios de liderança’, publicada no ‘Fast Company’, distingue as pessoas que nascem líderes no sentido de saberem instintivamente como atrair os outros para o seu lado, daquelas que nascem em posições de liderança e falham porque não são guiados por princípios que os tornariam eficazes.

A mesma publicação, da autoria de Sarah Goff-Dupont–Atlassian, indica porém que ainda que o resto das pessoas, que não se enquadram nos dois anteriores perfis, tem de contar com uma combinação de arte e ciência quando se trata de conquistar a posição de liderança, bem como desenvolver as suas habilidades de liderança.

De acordo com a autora, existe um grande volume de trabalho nos campos da sociologia e psicologia que pode ajudar a compensar quaisquer instintos em falta a conhecer, pelo que são apresentados casos de líderes lendários que incorporam esses princípios, desde Indra Nooyi e Ursula Burns a Larry Fink.

 

1.º Princípio: Perdoar, mesmo se não esquecer

“O fraco pode nunca perdoar. O perdão é o atributo do forte. ” – Mahatma Gandhi

Mahatma Gandhi é mais conhecido pelo uso pioneiro da resistência não violenta para a mudança, e uma faceta-chave dessa tática é o perdão; foi isso que lhe permitiu seguir em frente após cada ação policial brutal, cada lei aprovada limitando ainda mais os direitos dos índios no seu próprio país. Gandhi nunca recorreu à força física contra os seus opressores. Pelo contrário, conseguiu negociação após negociação, após o país conquistar a independência.

 

2.º Princípio: Considere o todo, incluindo as partes de que não gosta

“Sou brutalmente honesto. Vejo sempre as coisas do ponto de vista deles e também do meu. ” – Indra Nooyi

A antiga CEO da PepsiCo, Indra Nooyi, liderou a estratégia global da organização por mais de uma década, incluindo uma grande reestruturação, bem como feito aquisições e desinvestimentos; a executiva foi obrigada a fazer escolhas desagradáveis ​​para que o negócio como um todo pudesse prosperar.

 

3.º Princípio: Acolha a discordância de forma respeitosa

“Não gosto daquele homem. Preciso de conhecê-lo melhor.” – Abraham Lincoln

Lincoln criou um gabinete e reuniu um grupo de assessores cujas visões diferiam das dele, sabendo que se pode começar de um ponto de divergência e ainda conseguir desenvolver uma solução, essa solução será mais forte.

 

4.º Princípio: Nunca pare de ouvir e aprender

“Confie e ouça a sua equipa. Isso ajudou-me a tornar-se um líder mais eficaz. Ainda estou a aprender.” – Ursula Burns

A antiga CEO da Xerox Ursula Burns, por mais inteligente que seja, segundo Atlassian, contou com a experiência revelando que, quando a Xerox adquiriu a Affiliated Computer Services, as culturas das duas organizações eram bastante diferentes. Para a transição para uma força de trabalho unificada, teve de falar com pessoas de ambos os lados sobre quais os aspetos das culturas que eram mais valorizados.

 

5.º Princípio: Rejeite o pensamento de soma zero

“Uma empresa não pode obter lucros a longo prazo sem abraçar o propósito e considerar as necessidades de um vasto leque de partes interessadas.” – Larry Fink

De acordo com Sarah Goff-Dupont–Atlassian, os nossos cérebros têm permanentemente presentes os conceitos de “competição” e “vitória”. Contudo, o ganho de uma parte não significa necessariamente a perda da outra parte.

 

6.º Princípio: Desenvolva alianças

“Nenhum de nós pode alcançar o sucesso a agir sozinho. Devemos, portanto, agir juntos como um povo unido, para a reconciliação nacional, para a construção da nação, para o nascimento de um novo mundo”. – Nelson Mandela

Encontrar pessoas cujos interesses se alinham aos seus e trabalhar para promover esses interesses é a essência da política. Como Nelson Mandela pode atestar, quanto maior a mudança que se pretende liderar, maior a probabilidade de se precisar de uma aliança- especialmente se essa mudança for controversa.

Ao torna-se presidente da África do Sul, poucos anos depois de o apartheid ter sido legalmente desmantelado, Mandela enfrentou a tarefa de desmantelá-lo no sentido cultural e unir o seu país, usando a linguagem da unidade – nós, nós, nossos – nos seus discursos públicos para ajudar a normalizar a ideia de harmonia racial.

 

7.º Princípio: Lidere com coragem perante o desconhecido

“O destemor é como um músculo. Quanto mais é exercitado, mais natural se torna não deixar os meus medos me dominarem”- Arianna Huffington.

Como fundadora de duas grandes empresas, candidata a governadora da Califórnia e autora de 15 livros, Arianna Huffington tem pouca experiência em seguir uma nova direção. Cada um desses esforços foi um risco calculado envolvendo a ação com base em informações incompletas e suposições.

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