O valor do “been there, done that” em tempos de crise
Somos, instintivamente, atirados para a memória da crise financeira de 2008. E, se é certo que há enormes diferenças – e algumas coincidências – entre ambas as situações, é igualmente garantido que o grau de severidade de ambas, no que toca aos impactos económicos e nas empresas, é igualmente profundo. Muitos especialistas afirmam até que, potencialmente, a desaceleração provocada pelo coronavírus será mais significativa e duradoura do que a da crise financeira.
Na verdade, ninguém sabe exatamente ainda o que pode ou vai acontecer, mas existe uma indubitabilidade – há sempre ‘lessons learned’ de crises económicas anteriores que são uma mais-valia para fazer face à atual. A experiência nunca deve, nem pode ser, desconsiderada.
Been there, done that
Todos os líderes, de todas as organizações, em todos os setores e por todo o mundo, enfrentam neste momento o enorme desafio de equipar as suas empresas da melhor forma possível para, numa feliz expressão anglo-saxónica, “hit the ground running”.
Apanhar a onda da retoma desde o primeiro momento em que ela se comece a levantar, e fazê-lo nas melhores condições possíveis é, com efeito, crucial. Afinal, esta é uma oportunidade única para conquistar mercado, afirmar novas lideranças e aplicar ideias e métodos inovadores.
Num mundo “winner takes all”, sair na frente pode significar a diferença entre o sucesso e o insucesso. E isso implica capacidades de conceção, planeamento e execução que nem sempre existem nas próprias organizações, ou que se justifica ir contratar fora uma vez que as novas circunstâncias requerem um novo olhar.
Estamos perante uma situação excecional, que exige soluções excecionais. Afetar ao planeamento do pós-crise os recursos humanos acertados, é chave para que essas soluções possam ser construídas. Afinal, o talento humano é a componente mais crítica de um negócio nos momentos de risco e, naturalmente, a experiência na gestão de crise constitui um ativo de enorme valor.
Está este talento de forma imediata na empresa? Tem a organização a equipa de gestão certa nas unidades de negócio para ultrapassar com êxito a crise económica? Dificilmente. Hoje, na maioria das organizações são em número moderado os gestores que estiveram presentes nos colapsos e recuperações anteriores e, particularmente, na crise de 2008.
Interim Management: uma solução interina
O Interim Management é uma solução que permite combinar a satisfação de necessidades repentinas de ausência e de limitação de disponibilidade de talento, com experiência na gestão de situações de crise.
Os Gestores Interinos são recursos com o mix de conhecimento, competências e experiência indispensáveis para o período, transitório, da recessão e retoma. Trata-se de verdadeiros líderes empresariais experimentados, com disponibilidade imediata, que são mais do que consultores – porque integram efetivamente a equipa da organização e estão cometidos, e comprometidos, com os resultados – e estão dotados das características profissionais e emocionais necessárias para aportar valor no caminho da retoma.
O valor do “been there, done that” deste talento com senioridade, potencia vantagens competitivas assinaláveis na gestão da crise, desde o planeamento estratégico e de negócio até à gestão de RH, passando por programas de “turn around”, M&A, “downsizing” e outros tipos de reestruturação, marketing ou controlo financeiro. Representam uma injeção de sangue novo – mas com provas dadas – e de um olhar crítico indispensável à definição e execução dos passos necessários à adaptação à nova economia do pós-pandemia.
Como diz Warren Buffett – ‘Hiring people is a form of investment. You have to do your research and make sure you’re spending your resources on the right pick.’
João Vieira de Almeida, Managing Partner VdA e Co-fundador Experienced Management
Rita Martins Freire, Brand & Marketing Experienced Management