Lucros do Banco de Portugal sobem 6% para 535 milhões de euros

Em 2020, a pandemia criada pelo Covi.19 e as medidas de contenção adotadas levaram a uma contração sem precedentes da atividade económica e a tensões nos mercados financeiros, com repercussões para a missão do Banco de Portugal (BdP) na manutenção da estabilidade de preços e na salvaguarda da estabilidade financeira. Porém, os resultados do banco central liderado por Mário Centeno não foram negativamente afetados, pelo contrário.

No final do ano passado, o balanço do BdP totalizava 192 mil milhões de euros, um valor superior em 33 mil milhões de euros ao registado no ano anterior. O BdP explica no comunicado que este aumento decorreu, “essencialmente, das medidas adotadas para mitigar os efeitos da pandemia de Covid-19 sobre a economia.”

Além disso, fica-se também a saber que o banco central, no ano passado, contabilizou lucros de 535 milhões de euros, mais 31 milhões de euros (ou 6%) do que em 2019.

Para este resultado contribuíra, fundamentalmente, dois elementos: a margem de juros, no montante de 802 milhões de euros, “cuja principal componente são os juros dos títulos detidos para fins de política monetária, no valor de 882 milhões de euros”, refere o BdP, destacando ainda que foram reconhecidos juros a pagar das operações de refinanciamento às instituições de crédito no montante de 202 milhões de euros.

A outra componente que impulsionou os resultados do banco central foram os resultados realizados em operações financeiras e prejuízos não realizados, no montante de -21 milhões de euros, associados à desvalorização do dólar norte-americano ocorrida nos últimos meses do ano.

A entidade liderada por Mário Centeno revela ainda os gastos de funcionamento totalizaram 196 milhões de euros, menos 9 milhões de euros do que em 2019. Os gastos com pessoal diminuíram 5%, refletindo sobretudo o decréscimo de gastos de reformas antecipadas. Os fornecimentos e serviços de terceiros também diminuíram 5%.

“O resultado apurado possibilitou a distribuição de dividendos ao Estado no valor de 428 milhões de euros. Considerando o imposto sobre o rendimento corrente, foram entregues ao Estado 671 milhões de euros”, esclarece o comunicado.

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