Randstad Insight: Randstad Workmonitor – Quarto trimestre 2017

No último Randstad Workmonitor de 2017, a maioria dos inquiridos espera que a situação económica do seu país e a performance financeira do  seu empregador melhore este ano. Portugal fica acima da média

Globalmente, 85% dos inquiridos acredita que manter-se empregável é da sua responsabilidade. Portugal encontra-se na média, com 84% a concordar com a afirmação. Este valor é mais elevado no Chile e no México, com 94%, enquanto na Hungria desce exponencialmente para 56%.

Quando questionados se manter-se empregável é uma responsabilidade partilhada entre os próprios, o empregador e o governo, 81% afirma que sim. Entre os inquiridos portugueses, 80% partilha desta opinião. China e Malásia, com 93% e 91%, respectivamente, estão no topo da lista, enquanto o Japão ocupa o último lugar, com 60%.

Já 64% acredita que man- ter-se empregável é respon- sabilidade do empregador, um número que sobe para os 85% na China e 84% em Espanha. Em Portugal, apenas 56% concorda com a afirmação, um valor que desce ainda mais na Nova Zelândia, com apenas 39% dos inquiridos a partilhar esta opinião.

Do total dos inquiridos, 56% considera que manter-se empregável é uma responsabilidade do governo, um número que cresce para os 86% na China e que desce para os 40% em Portugal e para os 30% na Nova Zelândia. Por outro lado, 80% compreenderia se o seu empregador apenas o apoiasse no seu desenvolvimento pessoal se isso tivesse impacto nos objectivos do seu negócio, uma média que desce para 76% em Portugal e para 60% no Japão, mas que alcança o seu máximo na China com 92%.

O papel do Governo

Nos 33 países que foram analisados neste estudo, 84% dos inquiridos acredita que os governos devem oferecer incentivos políticos aos em-pregadores de forma a ajudá-los a manter a sua força de trabalho empregável. Este número é mais eleva-do em países como a China (94%), alcança os 87% em Portugal, e é menor no Japão e Dinamarca (69%).

Mas, e em paralelo, 85% dos inquiridos considera que os governos devem oferecer incentivos políticos aos em-pregados no caso de estes se desenvolverem profissionalmente/aprenderem novas competências profissionais/se mantiverem empregáveis. Esta média sobe para 89% em Portugal, é mais elevada na China (96%) e Índia (93%), sendo que atinge o mínimo na Dinamarca (67%).Por outro lado, 67% pensa que os governos devem ser mais exigentes com a força de trabalho para manter a sua empregabilidade.

Em Portugal, 81% dos inquiridos concorda com esta afirmação, enquanto na Alemanha apenas 45% é favorável. O valor máximo é alcançado na Malásia (88%) e China (87%).

Empregados mais velhos

À pergunta “considera que, se os governos aumentassem a idade de reforma, também deveriam investir na manutenção de uma força de trabalho empregável”, 86% foram favoráveis. Em Portugal, 93% dos inquiridos concorda com esta afirmação, um valor que atinge o seu máximo na China, com 94%, e o mínimo no Japão, com 67%.

Dos inquiridos globalmente, 74% indica que os empregados mais velhos apenas tem hipótese de se manterem empregáveis se os empregadores os apoiarem. Em Singapura, 90% dos inquiridos partilha desta opinião, enquanto em Portugal o número desce para 64% e alcança o valor mínimo na Suécia, com 54%.

Já 62% afirma que os em-pregados mais velhos apenas têm hipótese de se manterem empregáveis se os governos os apoiarem, uma média que desce para 47% em Portugal.

Previsões económicas  e financeiras

Quando questionados se es-peram que a situação eco-nómica do seu país melhore em 2018, 61% responde sim, um valor que cresce para os 75% em Portugal. Os inqui-ridos indianos são os mais optimistas, com 90%, e os gregos os menos optimistas, com apenas 37% a considerar que o clima económico do seu país irá melhorar este ano.

Também 67% indica que o desempenho financeiro do seu empregador foi melhor em 2017 do que em 2016, com esta média a subir para 75% em Portugal e para 88% na Índia, e a descer para 48% no Japão. Globalmente, 72% está optimista sobre a melhoria da performance financeira do seu empregador em 2018 face a 2017. Em Portugal, 77% dos inquiridos também está optimista, mas é na Índia que este valor atinge o seu pico, com 94%. Os japoneses, com 48%, são os menos positivos neste âmbito.

Em relação aos aumentos salariais, 56% estima uma subida no final do exercício fiscal do seu empregador, um número que sobe para 62% em Portugal, atinge o valor máximo na Índia, com 91%, e o mínimo na Grécia, com 31%. Já 51% espera receber um bónus no final do exercício fiscal do seu empregador,  uma média que desce para 49% em Portugal.

Índice de Mobilidade

O índice global de mobilidade permaneceu estável face ao trimestre passado. Às questões “Considera que irá fazer o mesmo trabalho ou com-parável para um empregador diferente nos próximos seis meses” e “Considera que irá fazer um trabalho diferente para outro empregador nos próximos seis meses”, as maiores alterações positivas registaram-se na China (+9), Canadá (+8) e Chile (+7), en-quanto Noruega (-7) e Suíça (-5) houve menos inquiridos a responder afirmativamente.

Portugal manteve-se estável. As mudanças de emprego nos últimos seis meses, quando comparadas com as respostas do trimestre anterior, foram maiores no Brasil, Índia, Singapura, Espanha e Suíça e menores no Chile, China, Hungria e Polónia. Em Portugal, 93% dos inquiridos manteve o seu posto de trabalho.Já a vontade de mudar de emprego é mais elevada na Índia e menos em Portugal, tendo diminuído na Dinamarca, Hong Kong, Noruega Singapura e Suíça face ao trimestre anterior, e aumentado no Japão e Reino Unido. A satisfação no trabalho é maior no México e menor no Japão, tendo diminuído na Hungria e aumentado no Chile, Grécia, Malásia e Esta-dos Unidos da América. Em Portugal, 69% dos inquiridos encontra-se muito satisfeito e 12% muito insatisfeito.

FICHA TÉCNICA

O estudo teve por base os inquéritos online em 33 países, a empregados entre os 18 e os 65 anos, que trabalham um mínimo de 24 horas por semana num emprego remunerado por conta de outrem. A amostra inclui um mínimo de 400 pessoas por país.

Estudo publicado na edição n.º 142, de Janeiro de 2018, da Executive Digest

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