Randstad Insight: Randstad Workmonitor Segundo trimestre 2019
Num mundo de transformação digital, os empregadores continuam a sentir dificuldade em encontrar pessoas com as competências digitais correctas. Os colaboradores têm de estar a par dos desenvolvimentos digitais para se manterem empregáveis. 68% dos colaboradores afirmam que o empregador deve investir mais no desenvolvimento de competências digitais.
Competências do futuro
No último Randstad Workmonitor, os inquiridos enfrentavam o futuro com mais confiança, já que 78% sentiam-se preparados para lidar com a digitalização do seu emprego (2015: 78%). Os brasileiros são os mais confiantes: 94% revelam-no, enquanto os japoneses são os que se sentem menos preparados, com 39%. Globalmente, apenas 34% (2015: 31%) esperam que o seu emprego seja automatizado nos próximos cinco a 10 anos. Esta expectativa continua a ser mais alta na Índia, já que chegou aos 76%, subindo dos 69% de 2015. As pessoas da República Checa são as que menos o esperam, como aconteceu em 2015, com 17%.
Contratação de talento
No que respeita à contratação de talento, 61% (2015: 56%) afirmam que o seu empregador tem dificuldade em encontrar o talento certo hoje e no futuro. Além disso, os empregadores continuam a precisar de colaboradores com perfis STEM (Ciência, Tecnologia, Engenharia, Matemática). A necessidade mais alta encontra-se na China com 85% (2015: 77%) e a mais baixa na Dinamarca, com 28% (2015: 29%). A dificuldade em preencher vagas STEM é também abordada no relatório f lexability@ work 2019, que revelou que a dificuldade aumentou desde o final da crise. Similarmente, análises a dados sobre vagas mostram que a média de uma vaga anunciada para um cargo STEM demora mais do dobro a ser preenchida do que para um cargo não STEM.
Os estudantes devem concentrar-se numa carreira nas STEM segundo 71% dos inquiridos do Workmonitor. A percentagem mais alta encontra-se na Índia, com 89% (2015: 89%) e a mais baixa na Alemanha com 50% (2015: 52%). Quando inquiridos, uma percentagem significativa de participantes indicou que se tivesse de novo 18 anos, seguiria uma carreira nas STEM ou digital/online.
Para demonstrar a importância e presença que as STEM têm hoje, a Randstad UK criou o STEMisphere, uma representação visual de algumas ligações no mundo das STEM. Faz o levantamento da forma como pequenos elementos e pequenas descobertas ao longo da história nos ajudam actualmente, e mostra como as STEM mudaram o mundo, criando empregos e influenciando a vida como a conhecemos.
Índice de mobilidade
O número de colaboradores em todo o mundo que espera trabalhar para um empregador diferente nos próximos seis meses estagnou de certa forma nos últimos três trimestres, mas aumentou ligeiramente agora, empurrando o Índice de Mobilidade para 112. A mobilidade aumentou mais na Índia (+12), República Checa (+6) e Luxemburgo, Noruega e Suécia (todos com +3), e desceu mais no Brasil, Portugal e China (todos com -6), e na Grécia e Itália (-3). Não há qualquer alteração na mobilidade na Áustria, Roménia, Canadá, Hong Kong e Malásia.
Mudança de emprego
A mudança efectiva de emprego desceu ligeiramente para 24% em comparação com o trimestre anterior, e aumentou na Bélgica, Índia e Roménia. A mudança de emprego diminuiu no Canadá, República Checa, Portugal, Suécia, Turquia e Reino Unido. O Luxemburgo apresenta a percentagem mais baixa, com 6%. Tal como no trimestre anterior, a Índia e a Malásia continuam a revelar as percentagens mais altas (61% e 35%, respectivamente).
Mudar de emprego
A vontade de mudar de emprego aumentou na Índia, Polónia e Singapura em comparação com o último trimestre. No que diz respeito ao Canadá, China, Malásia, Portugal e Turquia, a vontade de mudar de emprego diminuiu. A percentagem mais alta pertence ainda à Índia (55%) e a mais baixa à Turquia (11%).
Satisfação profissional
Em comparação com o trimestre anterior, a satisfação profissional aumentou no Canadá, China, Alemanha e Espanha, mas diminuiu na Itália, Nova Zelândia e Noruega. Já no que toca à Índia e ao Japão, a satisfação profissional aumentou apenas 1%, subindo para 86% e 43% respectivamente.
FICHA TÉCNICA
O estudo é feito online a colaboradores com idades entre os 18 e os 65 anos, que trabalham no mínimo 24 horas por semana num emprego pago (excluindo empresários por conta própria). A amostra mínima é de 400 entrevistas por país.
Artigo publicado na Revista Executive Digest n.º 160 de Julho de 2019.