Randstad Insight: Randstad Workmonitor segundo trimestre 2017

A aprendizagem ao longo da vida é considerada essencial para aumentar a empregabilidade e evitar o desemprego

Para manterem e aumentarem a empregabilidade, 86% dos inquiridos globais no segundo trimestre do estudo Randstad Workmonitor afirmaram que precisam de continuar a aprender. No México, 97% dos inquiridos concordam e em geral as percentagens oscilam entre os 80 e os 95%, como é o caso dos inquiridos em Portugal, mas, incrivelmente, na Suécia apenas 39% concordam.

Ola Eriksson, director de marketing da Randstad Suécia, responde: «Estes resultados são surpreendentes. O desemprego na Suécia não é assim tão baixo. Por isso acredito que as pessoas poderão subestimar o facto de o mundo estar a mudar e, consequentemente, serão precisas novas competências.»

Evitar o desemprego

O desemprego é aparentemente considerado indesejável, já que, em termos globais, 88% dos inquiridos afirmam que os desempregados devem receber nova formação para preencherem posições em aberto por causa da falta de mão de-obra – 90% em Portugal – e 89% estariam disponíveis para uma nova formação de forma a evitarem o desemprego, o que no caso dos portugueses inquiridos ascende aos 95%. Além disso, 42% dos inquiridos em todo o mundo aceitariam um salário mais baixo ou uma despromoção para se manterem empregados. Em Portugal, esta percentagem desce até aos 35%. Os inquiridos do Reino Unido (64%) têm mais disponibilidade para isso do que as pessoas do México ou do Chile (ambos com 21%). O número de pessoas que aceitaria um contrato temporário para se manterem ocupadas é bastante alto no mundo: 80% globalmente, 92% no Brasil, 88% em Portugal e 58% no Japão.

Migração e escassez laboral

Ao perguntarmos as suas expectativas em relação a que certos empregos tornar-se–ão difíceis de preencher no seu país, 69% dos inquiridos globais pensam que isto irá acontecer. Os inquiridos da Polónia têm as expectativas mais altas (85%), seguidos de perto pelos portugueses com 76%, enquanto as pessoas da Suíça têm as mais baixas (59%).

Para se preencherem vagas que não podem ser ocupadas com colaboradores nacionais, 59% dos inquiridos concordam que deve ser possível atrair pessoas do estrangeiro. Em Singapura, 71% acreditam que isto deve ser possível, em Portugal são 62%, mas na Argentina apenas 29% pensam assim.

Para conseguir um emprego que não estivesse disponível no seu próprio país, 55% estariam dispostos a mudar temporariamente de país. No México, 85% dos inquiridos fá-lo-iam, em Portugal 60% também, enquanto os austríacos (38%) são os mais relutantes. Poucas pessoas estão realmente dispostas a emigrar por um emprego que não estivesse disponível no seu país: globalmente, 51%, os inquiridos portugueses ascendem a 57% e, no espectro mais baixo, a Dinamarca com 34%. As pessoas do México, contudo, não vêem qualquer problema e 83% estariam dispostas a emigrar.

Por fim, a maioria dos inquiridos – 73% – acredita que o chamado “emprego para a vida” acabou. A classificação mais alta encontra-se em Portugal, onde 86% acreditam nisso, e o valor mais baixo pertence ao Luxemburgo, com 53%.

Observações trimestrais recorrentes

Índice de Mobilidade desce ligeiramente para 109
Aparentemente, menos colaboradores em todo o mundo esperam ter emprego noutro local nos próximos seis meses em comparação com o trimestre anterior, fazendo com que o Índice de Mobilidade descesse para 109. A mobilidade mais alta encontra-se em Espanha, China e Noruega (+5) e Holanda (+4). O valor mais baixo vem da Índia (-6), França e Estados Unidos da América (-5), e Áustria e Hong Kong (-4). Na Austrália, Chile, Polónia, México, Polónia e Luxemburgo não há qualquer alteração na mobilidade.

Mudança de emprego real
A mudança de emprego mantém- se estável nos 23%, com a Malásia e a Índia a atingirem os valores mais altos.

A mudança de emprego real manteve-se estável nos 23%, tendo aumentado no Brasil, Polónia, Espanha e Turquia em comparação com o último trimestre. Embora seja a mais alta, a mudança de emprego real diminuiu na Índia e também em Hong Kong, em comparação com o trimestre anterior.

Vontade de mudar de emprego mais alta na Índia
Em comparação com o último trimestre, a vontade de mudar de empresa aumentou no Brasil, República Checa e Noruega e diminuiu na Alemanha, Hong Kong, Itália, Polónia e Holanda. A vontade de mudar de emprego continua a ser mais baixa no Luxemburgo, agora acompanhado pela Áustria.

A satisfação laboral continua a ser mais alta na Índia e no México
Em comparação com o último trimestre, a satisfação laboral aumentou na China, Suécia e Alemanha e diminuiu na Hungria, Japão, Portugal, Suíça e EUA, sendo o valor mais baixo o do Japão.

Estudo publicado na edição n.º 137 de Agosto de 2017 na revista Executive Digest.

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