Randstad Insight: Randstad Workmonitor – Quarto trimestre 2019

Segundo o último Randstad Workmonitor, aparentemente as pessoas permitem que o trabalho se envolva na sua vida pessoal, já que 59% afirmam que respondem imediatamente a chamadas, emails e mensagens de texto relacionadas com o trabalho, fora do seu horário de trabalho regular. Na Índia, as pessoas são as mais rápidas a responder (92%), enquanto na Holanda são alegadamente as mais lentas a reagir imediatamente (38%). Dito isto, quando inquiridos se responderiam numa altura conveniente, a percentagem de holandeses sobe significativamente para 64%. Os chineses estão no topo com 89% e a média global encontra-se nos 65%.

A questão em cima pode não parecer totalmente voluntária, já que 56% afirmam que o seu empregador espera que estejam disponíveis fora do horário de trabalho regular. Isto acontece com mais frequência na China (89%) e com menos frequência no Japão (37%), seguido da Dinamarca e da Suécia (39%). Curiosamente, 48% dos franceses inquiridos afirmaram-no, apesar de a lei francesa do “direito a desligar” ter entrado em vigor em Janeiro de 2017.

  • Os colaboradores estão empenhados, mas sentem a pressão

Aparentemente, as pessoas estão empenhadas naquilo que fazem, já que 43% escolhem lidar com questões profissionais durante as férias, porque gostam de se manter envolvidas/actualizadas. As pessoas na Índia parecem estar mais envolvidas (84%) e na Áustria menos envolvidas (24%). Ironicamente, as pessoas na Índia (75%) também sentem mais pressão para responderem a chamadas, emails e mensagens de texto do trabalho quando estão de férias, uma média bastante mais alta do que a média global de 35%.

Os checos são os que sentem menos pressão (17%), o que corresponde ao facto de conseguirem desligar facilmente do trabalho quando estão de férias (87%). Os inquiridos turcos são os que têm mais dificuldade em desligar (51%) e globalmente 72% dos inquiridos indicam que conseguem desligar facilmente do trabalho.

Outra descoberta que apoia a ligação entre o equilíbrio entre a vida profissional e pessoal é que quando uma pessoa tem de trabalhar no seu tempo livre, torna-se geralmente aceite que lide com questões privadas durante as horas de trabalho. Globalmente, 67% indicam que o fazem ocasionalmente. Os inquiridos de Hong Kong RAE que o afirmam atingem o valor mais alto (87%) e os inquiridos italianos o mais baixo (54%).

  • Perspectivas económicas e financeiras

As expectativas para 2020 são positivas, já que 70% dos inquiridos globais esperam que o seu empregador tenha um resultado financeiro mais positivo em 2020 do que em 2019. Os colaboradores indianos são os que se sentem mais optimistas (93%) e os japoneses mais pessimistas (46%). No que toca à situação económica no seu país ou mercado, mais uma vez os habitantes da Índia e da China esperam que melhore no próximo ano (89%), enquanto os habitantes do Japão têm menos esperança que isso venha a acontecer (26%).

Quando analisam o nível pessoal, 56% esperam receber uma recompensa financeira/ bónus no final do ano fiscal e 61% esperam receber um aumento. Segundo as expectativas económicas, estas perspectivas são mais altas na Índia (91% e 94%, respectivamente) e mais baixas no Japão (23% e 30%).

  • Índice de mobilidade

O número de colaboradores em todo o mundo que esperam trabalhar para um empregador diferente nos próximos seis meses estava a subir nos terceiro trimestre e agora estabilizou, mantendo o Índice de Mobilidade nos 114. A mobilidade aumentou mais na Nova Zelândia (+8), Alemanha, Suíça (+5), México, Luxemburgo, Hungria (+4). A mobilidade desceu mais na China (-6), Noruega (-5) e Suécia e Itália (-4). Não há mudança na mobilidade no Chile, Hong Kong RAE, Malásia e Espanha.

  • Mudança de emprego

Mudança efectiva de emprego de novo mais alta na Índia e mais baixa no Luxemburgo.

A mudança efectiva de emprego mostra uma tendência crescente desde o primeiro trimestre de 2018 e aumentou na Alemanha, Hungria, Índia e Nova Zelândia em comparação com o último trimestre deste ano. No Chile, China, Grécia e Polónia, a mudança de emprego diminuiu. Já a mudança de emprego na Índia foi de 51% e no Luxemburgo 12%.

  • Vontade de mudar

A vontade de mudar de emprego é mais alta na Índia e mais baixa na Turquia.

A vontade de mudar de emprego aumentou na Bélgica, Índia, Luxemburgo, México e Espanha em comparação com o último trimestre. No Canadá, China e Suécia, a vontade de mudar de emprego diminuiu. Na Índia continua a ser a mais alta (60%) e na Turquia a mais baixa (18%).

  • Satisfação profissional

É mais alta na Índia e mais baixa no Japão, como tem acontecido nos últimos trimestres. Em comparação com o trimestre anterior, a satisfação profissional aumentou na Hungria e na Índia e diminuiu no Brasil, Dinamarca, Malásia, Nova Zelândia, Roménia e Suíça. Na Índia, a satisfação profissional aumentou para 89% e no Japão permaneceu estável nos 42%.

FICHA TÉCNICA
O estudo é feito online a colaboradores com idades entre os 18 e os 65 anos, que trabalham no mínimo 24 horas por semana num emprego pago (excluindo empresários por conta própria). A amostra mínima é de 400 entrevistas por país.

Artigo publicado na Revista Executive Digest n.º 165 de Dezembro de 2019

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