Randstad Insight: Employer Brand Research 2019

Apple, Google, Amazon, Facebook, Samsung e outros gigantes da tecnologia são marcas com as quais quase todos os consumidores do mundo estão familiarizados. Não é assim de admirar que os empregadores no sector das tecnologias de informação e comunicação sejam, mais uma vez, vistos como os mais atractivos do mundo.

São estas empresas que fazem com que a electrónica seja encontrada em casa, alimente conexões pessoais e profissionais e entregue produtos nas nossas portas. Parece até que são elas parte integrante das nossas vidas, mais do que alguns membros da família. O sector das Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) é o mais atractivo do mundo, de acordo com o Randstad Employer Brand Research 2019. Com 55% dos inquiridos a afirmarem que trabalhariam no sector das TIC, ligeiramente acima do sector de Bens de Consumo (52%) e do Automóvel (51%). Todos os anos, as empresas de Tecnologias são vistas como as mais desejáveis para se trabalhar, com promessas de carreiras interessantes, remuneração competitiva e benefícios excepcionais como recompensas. As suas inovações tecnológicas geram as maiores manchetes, atraem os melhores seguidores e fazem as mais profundas mudanças na forma como trabalhamos e vivemos. Esta é uma boa notícia para as empresas que operam neste sector, porque esta vantagem facilita os seus esforços de recrutamento.

Um sector amplamente admirado, é incomensuravelmente mais valioso o que acaba por ajudar a construir um pipeline de talentos robustos.

A desvantagem é que, mesmo com tanto talento interessado numa carreira nas TIC, há muitos concorrentes que procuram as mesmas competências – e não apenas dentro do sector. Quase todas as indústrias estão a passar por transformações digitais, e isso significa que programadores de Python, data scientists, app developers e outros especialistas em tecnologia estão entre os talentos mais procurados no mercado actual.

Várias estimativas prevêem uma escassez tremenda de competências qualificadas na área de TIC. Segundo a Comissão Europeia, a falta de especialistas na União Europeia aumentará, de cerca de 373 mil em 2005 para meio milhão no próximo ano. Entre as especialidades, as competências mais procuradas são:

  • Segurança Digital
  • Redes de Negócio
  • Análise de Big Data
  • Internet das Coisas
  • Tecnologias Móveis
  • Cloud Computing

Até 2020, a maioria das organizações experienciará visíveis disrupções de negócios devido à lacuna de infraestruturas e competências operacionais, de acordo com a Gartner. Além disso, muitas competências de TIC necessitam de inovação num futuro próximo e algumas ainda nem existem hoje, neste sentido o sector enfrenta pressões crescentes para desenvolver e adquirir novas competências.

Parte deste sector luta para preencher os papéis de que precisa hoje. Em áreas em crescimento, como a automação de processos robóticos (RPA), a análise de dados e a cibersegurança, as empresas procuram freneticamente especialistas qualificados que possam ajudá-los a acompanhar a jornada do cliente, enquanto se dedicam ao desenvolvimento das próximas gerações dessas tecnologias.

Se essas competências forem as mesmas que procura, deve aprimorar a sua estratégia de atracção alinhando a proposta de valor dos colaboradores (EVP) da empresa aos desejos do seu talento-alvo. A pesquisa constata que, neste sector, um salário atractivo e benefícios são os elementos mais importantes para os trabalhadores, seguidos do equilíbrio entre a vida profissional e pessoal e a segurança no trabalho.

DRIVERS DO EVP – Retenção de profissionais das TIC

Tenha em mente que não deve apenas comunicar essas propostas de valor para conquistar novas contratações, elas devem ser as considerações mais importantes para a retenção dos actuais colaboradores. Além de conservar os profissionais de TIC é igualmente importante criar funções interessantes e montar o local de trabalho numa área central.

MUDANÇAS DE EMPREGO – Comportamento dos profissionais das TIC

Mesmo com o nosso melhor esforço, os talentos das TIC tendencialmente mudam mais vezes de emprego, com três em cada 10 profissionais em todo o mundo a dizer que planeiam mudar de funções nos próximos 12 meses; um em cinco já o fizeram no ano passado. A luta para reter talentos é especialmente difícil na região da Ásia-Pacífico, onde os trabalhadores planeiam mudar de emprego a um ritmo mais acelerado do que o resto do mundo. Assim, ao considerar formas de atrair e reter estes colaboradores, certifique-se de não sobrecarregá-los e forneça garantias sobre a segurança dos seus trabalhos. Se conseguir fazer isso posicionará a sua empresa como uma empregadora de primeira escolha num mercado altamente competitivo.

Artigo publicado na Revista Executive Digest n.º 161 de Agosto de 2019.

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