Poupança: o pilar do desenvolvimento económico

Por Mário Martins, administrador da ActivTrades Brasil

A poupança, transformada em investimento, é o pilar basilar do desenvolvimento económico, sem o qual não haveria prosperidade, não apenas porque as empresas precisam de capital para crescer, como os investidores particulares o usam como alavanca para uma vida estável e de liberdade. Com efeito, não obstante, em Portugal o investimento dos cidadãos ser um tema secundário ou mesmo terciário, numa economia desenvolvida e sustentável, o tema é essencial, sendo tratado de forma abrangente pela sociedade, com o tópico a ser debatido desde muito cedo na vida dos cidadãos, como ocorre por exemplo nos EUA.

A liberdade, direito que muito nos diz e pelo qual muitos antes de nós deram a sua vida, é um complexo sistema, mas que na sua raiz tem uma semente pouco tratada, nomeadamente a componente financeira. Isto porque, independentemente de existir liberdade em diversos outros setores, seja ela de expressão, mobilidade, de trabalho, religiosa ou política, para referir apenas alguns pontos, o certo é que sem liberdade financeira todas as outras ficam restringidas, por vezes de forma fatal. Por exemplo, existe o direito de cada um ser o que quiser, ir para onde quiser, comer o que quiser, ter um trabalho que o realize, tenha uma reforma e fim de vida condigno, contudo todos esses direitos ou liberdades, estão umbilicalmente ligados à capacidade financeira de os concretizar.

E para se alcançar a liberdade financeira o investimento é essencial, seja para aumentar o rendimento disponível durante a fase de trabalho, como na época duradoura, a reforma. São tempos distintos que devem originar planos separados de investimento, uma vez que no primeiro caso está em causa o curto-médio prazo, enquanto que no segundo o horizonte é o longo prazo. Mas em ambos os objetivos os produtos utilizados para os atingir podem ser os mesmos, como os índices, ações, obrigações, matérias-primas, e Forex, para restringir o menu aos mais abrangentes. Hoje, felizmente já existe uma panóplia muito importante de ferramentas para um investidor particular, mais ou menos abastado, poder investir as suas poupanças em todos estes ativos de forma acessível, como os CFD´s, permitindo assim a democratização do investimento.

Para um rendimento fixo, o mais direto são usualmente as obrigações, que geram o equivalente a uma “taxa de juro”, mas que têm geralmente maior rentabilidade de um depósito a prazo. É igualmente um ativo com um elevado grau de segurança e estabilidade, restringindo obviamente as opções por ativos mais conhecidos, como obrigações soberanas ou de grandes empresas.

Para um rendimento potencialmente mais elevado, mas igualmente mais volátil, os restantes podem ser também uma opção complementar, no entanto o mais importante no final das contas é meter mãos à obra, poupar e investir essas poupanças, sempre, claro, com um grau de consciência supremo, porque como diz Warren Buffett, o risco advém de não sabermos o que estamos a fazer e como regra primária, para se ganhar dinheiro é preciso primeiro não perdê-lo. Ou seja, investir

sim, sem dúvida, mas sabendo sempre os riscos que se corre e o potencial do rendimento.

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