O seu próximo carro ”novo” pode muito bem vir a ser um carro usado

Por Luís Rosa, Diretor Coordenador Nacional da DS AUTO

Com o intuito de atingir o objetivo de neutralidade carbónica nos próximos anos, a União Europeia está a tomar medidas para reduzir as emissões de dióxido de carbono dos automóveis, uma vez que o transporte rodoviário é responsável por um quinto das emissões de dióxido CO2 para a atmosfera na Europa.

Em junho do ano passado, o Parlamento Europeu apoiou a proposta da Comissão Europeia relativa ao objetivo de zero emissões para todos os carros novos que entrarem no mercado, ou seja, não podem emitir qualquer CO2. Esta medida significa que, num futuro próximo, vai ser proibida a venda de qualquer automóvel novo com motor de combustão interna, nomeadamente carros a gasolina e gasóleo, acelerando, assim, a urgente transição verde e tecnológica.

No entanto, a aquisição de um veículo elétrico além de não satisfazer as necessidades reais de muitos portugueses, não está ao alcance de todos, ainda para mais numa fase em que existe um aumento da inflação, mesmo que o investimento seja compensatório a longo prazo para a carteira dos consumidores e, sobretudo, para o ambiente.

Então, qual será a alternativa para a grande maioria dos consumidores? A resposta pode estar num carro usado. Para além de um carro em segunda mão ou seminovo implicar um investimento inicial menor, os impostos a pagar também são mais reduzidos, sendo, por isso, uma alternativa cada vez mais comum para as famílias portuguesas a curto ou médio prazo.

Segundo dados da Associação Automóvel de Portugal (ACAP), em 2022, até ao final de junho, foram importados 48 863 automóveis ligeiros de passageiros em segunda mão, o que representa 49,4% das novas matrículas no nosso país, a percentagem mais elevada de que há registo, promovida pelos atrasos de produção e rutura nos automóveis novos e consequentemente aumento na procura nos seminovos e usados.

Apesar deste facto “envelhecer” o parque automóvel português, tendo em conta que a vida média de um carro é de 15 anos, existe um reaproveitamento dos veículos que estão em bom estado e, paralelamente, surgem novos negócios que têm por base a economia circular, como, por exemplo, empresas que estão a apostar na venda de componentes usados.

É expectável que um veículo usado possa necessitar de mais manutenção que um carro novo, mas os stands de automóveis têm vindo a adaptar-se e a melhorar as garantias, até por questões legais, bem como as certificações nos usados, promovendo assim uma maior confiança e segurança no consumidor quando se fala em adquirir os mesmos.

No entanto, a compra de um novo automóvel é uma decisão importante que pode impactar bastante o orçamento familiar, é importante avaliar todas as características do veículo que procuram e fazer um balanço do custo-benefício do mesmo. Após a decisão pelo modelo que se procura, usado ou seminovo, o mais indicado é que os portugueses se desloquem a um stand ou rede de stands de confiança, como é o caso da DS AUTO, onde terão mais garantias e segurança que numa compra a um particular.

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