Humanização da Inteligência Artificial: o equilíbrio perfeito entre eficiência e empatia

Por Rui Cruz, CEO da Opensoft

A criatividade, a experimentação ou a inventividade aparecem, muitas vezes, associadas aos processos de criatividade artística, mas são, de facto, palavras que definem muitos dos processos de inovação e criação tecnológica que dão – e deram – origem a invenções que mudaram o mundo. Foram estes processos que originaram ferramentas revolucionárias como a internet, as redes sociais e, mais recentemente, a Inteligência Artificial (IA), uma tecnologia que tem vindo a evidenciar um sem-número de novas potencialidades e aplicabilidades ainda por descobrir, mas que já mudou muitos panoramas, especialmente ao nível da eficiência.

A IA, como ferramenta para a transformação digital, tem aberto portas para um universo de possibilidades que vão muito além da simples transposição do mundo físico para o mundo digital. É capaz de melhorar e otimizar serviços de forma a corresponder às expetativas do cliente, oferecendo soluções personalizadas e eficientes. Isto é, permite melhorar a produtividade e a eficiência do desempenho entre os serviços e o cliente.

Esta mesma ferramenta, por vezes temida por perspectivas mais difusas sobre as suas potencialidades, tem permitido melhorar fluxos de trabalho e automatizar processos que tornavam tarefas diárias e rotineiras em momentos de trabalho muitas vezes penosos e exaustivos e que impactavam a produtividade dos colaboradores. Com a implementação da IA, o processamento de grandes volumes de informação é realizado de forma célere e com redução de margem de erro, tornando este tipo de operações mais fluídas e autónomas. Com esta ferramenta a assumir ofícios mais mecânicos, é possível usar a criatividade para aplicar a IA a novas soluções, aspeto fundamental para impulsionar a inovação e a competitividade no mercado.

É então crucial compatibilizar a eficiência com a humanização da IA para garantir uma experiência mais extensiva e satisfatória, especialmente na ótica do utilizador. À medida que avançamos na digitalização, é essencial que não percamos de vista a importância da interação humana. Pouco a pouco, a IA já começa a ser capaz de demonstrar empatia nas suas interações. Ainda que estejamos a falar de máquinas, os assistentes virtuais já conseguem adaptar as suas respostas ao tom emocional detectado nas interações com os utilizadores, proporcionando uma resposta mais adequada e reconfortante, ou encaminhá-los imediatamente para um representante humano, demonstrando sensibilidade às necessidades emocionais.

Como líderes empresariais, temos a responsabilidade de garantir que a tecnologia que implementamos é tão eficiente quanto desbloqueadora de novas formas de interação humana. A humanização da IA não é apenas uma tendência, mas uma necessidade para garantir uma transição digital bem sucedida e sustentável.

A eficiência e a humanização da IA vai potenciar experiências mais satisfatórias para os clientes. Em última análise, a humanização da IA não se trata apenas de uma questão de tecnologia, mas de valores e de visão. Ao colocarmos as pessoas no centro da estratégia digital, estamos a construir um futuro mais tecnológico, mas também mais humano. Um equilíbrio que será fundamental para a estabilidade e prosperidade de qualquer negócio.

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