Energia no programa curricular das escolas: um passo basilar para o futuro de Portugal

Por João Amaral, Country Manager da Voltalia Portugal

Vivemos numa era em que a sustentabilidade e a consciência ambiental são imperativas para o bem-estar do nosso planeta. Neste contexto, é de extrema importância que a educação dos mais novos seja pensada desde o início com o objetivo de formar cidadãos informados e comprometidos com o futuro sustentável. Assim, a inclusão do estudo sobre energia no programa escolar em Portugal não é apenas desejável, como também vital para o desenvolvimento das gerações futuras. Veja-se o exemplo da reciclagem, se não fossem as crianças a incutir nos pais a necessidade e até obrigatoriedade de reciclar, ainda estaríamos hoje a anos de luz de atingir as metas a que nos propomos todos os anos.

Ao introduzir o tema da energia desde os primeiros anos escolares, tornamos possível que as crianças adquiram uma visão holística sobre os diferentes tipos de energia, as suas fontes e os seus impactos no ambiente. Este conhecimento não enriquece apenas o seu entendimento científico, mas também fomenta uma mentalidade crítica sobre questões globais relacionadas com a energia. A compreensão da energia é, portanto, fundamental para capacitar os alunos a tomar decisões informadas ao longo da sua vida.

Além disso, a integração do estudo da energia no currículo escolar pode inspirar as crianças a considerarem carreiras nas áreas da ciência, tecnologia, engenharia e matemática, áreas muitas vezes consideradas como assustadores para a maioria dos jovens devido à inerente dificuldade. O aumento da consciência sobre a importância da energia pode despertar o interesse dos alunos por disciplinas que são cruciais para enfrentar os desafios energéticos do futuro. Assim, estamos a preparar as gerações vindouras para assumirem papéis significativos na inovação e na procura de soluções sustentáveis.

Ao abordar o tema da energia desde cedo, Portugal estaria a promover uma cultura de responsabilidade ambiental e eficiência energética. As crianças seriam incentivadas a adotar comportamentos sustentáveis em casa e na escola, transmitindo esses valores às suas famílias e comunidades. Isso cria uma cascata de impacto positivo que se reflete não apenas nas escolas, mas em toda a sociedade.

Claro que é crucial que o currículo seja estruturado de forma adequada a cada idade/ciclo escolar, abordando tanto os aspetos científicos como os sociais da energia. Além de compreender os princípios físicos, os alunos podem ser educados sobre, por exemplo, a importância da equidade no acesso à energia, os desafios enfrentados por comunidades desfavorecidas e as implicações sociais das escolhas energéticas.

A transição para incluir a energia no programa escolar em Portugal é um investimento no futuro do país. Estamos a moldar os futuros líderes, cientistas e cidadãos conscientes que terão a responsabilidade de enfrentar os desafios energéticos do século XXI. A educação, quando orientada para a sustentabilidade, não apenas enriquece as mentes mais jovens, como também constrói as bases para uma sociedade mais consciente, informada e resiliente. É hora de iluminar os caminhos do conhecimento sobre energia desde os primeiros anos escolares, para que as futuras gerações possam liderar Portugal rumo a um futuro mais sustentável.

 

 

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