Para a frente é que é caminho…

Por Ricardo Florêncio

Não é do âmbito deste editorial fazer qualquer tipo de análise aos resultados eleitorais. A única nota que não posso deixar de registar é que é perfeitamente incompreensível, mesmo inconcebível, que 50% dos portugueses pensem que não têm o dever de ir votar. Sim, leu bem! Não é o direito! É o dever! Como muito bem foi referido nos últimos tempos, nestas eleições só não foi votar quem não quis. Não foi por falta de opções, não foi por falta de conhecimento do que era pretendido por cada força partidária que se apresentou a sufrágio. Quem não foi votar, foi porque não quis. Espero apenas que não sejam esses 50% que a partir de agora se mostram como os que mais reclamam, contra tudo e contra todos. Porque perderam o direito a isso.

Mas, enfim, para a frente é que é caminho. E o que interessa mesmo é que, independente do caminho e opções de governação que venham a ser escolhidos, que se dê os meios e os instrumentos necessários a quem move mesmo a Economia real. Às empresas! Sim, porque são as empresas que fazem rodar a Economia, e assim, que fazem realmente avançar Portugal. Depois da refrega das eleições, e em que as suas prioridades estiveram voltadas para os outros sentidos, é tempo dos políticos e das suas forças partidárias olharem bem para as empresas, para a Economia real, e que analisem o que estas necessitam para se poderem desenvolver, para crescerem e aumentarem a sua produtividade. Porque só assim podemos fazer Portugal avançar!

Editorial publicado na revista Executive Digest nº 163 de Outubro de 2019