Diversidade e igualdade como pilares chave para uma empresa sustentável

Por Oscar Herencia, Vice-presidente para o sul da Europa e Diretor-Geral da MetLife na Ibéria

Até há poucos anos, não era incomum que as funções de sustentabilidade ou de ESG (ambiental, social e governança corporativa) fossem vistas como uma área isolada dentro das empresas, responsável por questões relacionadas com o apoio à comunidade, com temas de filantropia ou responsabilidade social. Essa realidade tem vindo a mudar de forma muito rápida.

Com os temas ambientais e sociais a assumirem um protagonismo central na agenda política e regulatória, a gestão ativa da sustentabilidade está, cada vez mais, intimamente ligada ao negócio e integrada de forma transversal nas operações das empresas. Isso significa que a sustentabilidade evoluiu para se tornar um diferenciador estratégico e competitivo, especialmente quando pensamos na multiplicidade de partes interessadas que se preocupam com os temas ESG.

A verdade é que a sustentabilidade não consiste apenas em não contribuir para as alterações climáticas, nem em cumprir as obrigações sociais e de governação empresarial, trata-se igualmente de criar uma base de diversidade e inclusão para todos. Uma componente fundamental da diversidade é a igualdade entre homens e mulheres, tal como referido no ODS 5 (Objetivo de Desenvolvimento Sustentável). A desigualdade entre os géneros é particularmente visível no mundo empresarial, onde algumas  mulheres ainda enfrentam barreiras na mobilidade hierárquica e a questão das disparidades salariais está bem documentada.

Está comprovado que as empresas que dão prioridade à diversidade recolhem benefícios tanto na sua reputação enquanto marcas globais, como nos seus resultados financeiros. O sucesso da nossa operação em Portugal e Espanha, onde as mulheres representam metade da direção, é um bom exemplo disso.

Ninguém duvida que os trabalhadores preferem trabalhar em empresas que tenham um propósito positivo face à sociedade e que os deixem orgulhosos. Da mesma forma, também os investidores privilegiam empresas que sabem gerir os riscos e planear a longo prazo. E, claro, os clientes dão cada vez mais preferência a empresas orientadas para a sustentabilidade.

A sustentabilidade só pode ser realmente fomentada e impulsionada no pensamento organizacional se for assumida como um desígnio pela gestão de topo. Isso significa, por exemplo, definir políticas claras de apoio aos trabalhadores, com um foco particular na diversidade, equidade e inclusão, no desenvolvimento de carreira e no bem-estar laboral. Significa reduzir o consumo energético e caminhar para operações neutras em carbono. Mas significa também desenvolver produtos ou serviços que possam apoiar populações menos favorecidas, em temas como a inclusão financeira.

Em última análise, é este o foco central da sustentabilidade: compreender e responder adequadamente às expectativas de um amplo leque de partes interessadas. Na MetLife Iberia sabemos bem o que é pensar a longo prazo, privilegiar a diversidade e assumir compromissos de décadas com pessoas, famílias e comunidades. É o único caminho para o sucesso.

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