Afinal, como podemos promover a felicidade no trabalho?
Por Susana Santos, Happiness & Engagement Team na Critical Software
A Organização das Nações Unidas (ONU) criou o Dia Internacional da Felicidade para reforçar a sua importância para o ser humano, mas também para o desenvolvimento sustentável e bem-estar socioeconómico global. E uma vez que dedicamos uma grande parte da nossa vida ao trabalho, torna-se essencial compreendermos como é que esse tempo pode influenciar positivamente a forma como nos sentimos.
Que fatores impactam a nossa felicidade no trabalho? Infelizmente, não existe uma resposta simples, nem nenhuma fórmula mágica. E certamente não poderá ser responsabilidade de uma pessoa apenas. Todos podemos contribuir.
É necessário olharmos para a organização como um todo, para conseguirmos analisar as suas várias características, processos, estruturas, políticas e pessoas.
Comecemos pelo alinhamento com a missão, visão e valores da própria organização. Cada vez atribuímos mais importância ao quanto nos identificamos com a estratégia corporativa e com a forma como é comunicada.
Analisando o ambiente de trabalho, para além das características físicas do espaço – conforto, limpeza, acessibilidade, equipamentos – a qualidade das relações com os pares tem também um grande impacto.
É importante sentirmos que o nosso trabalho tem significado e impacto, que o nosso esforço faz a diferença. Precisamos também de sentir que somos reconhecidos quando somos bem-sucedidos nas nossas tarefas.
O feedback contínuo é extremamente impactante.
As lideranças devem ser recetivas, honestas e demonstrar preocupação genuína com as suas pessoas. Um estilo empático, capaz de aceitar e partilhar vulnerabilidade, pode ter uma influência muito positiva na forma como nos sentimos. As oportunidades de crescimento e aprendizagem também influenciam, uma vez que impedem sentimentos de estagnação.
Além disso, a sensação de autonomia e flexibilidade é muito valorizada, garantindo um maior equilíbrio entre a vida profissional e pessoal.
É certo que todos queremos sentir que o nosso salário e benefícios são justos, competitivos e baseados num processo de decisão imparcial. As lideranças devem ser capazes de manter conversas abertas, informadas e construtivas com as suas equipas sobre a forma como são recompensadas.
Trabalhar a felicidade no trabalho é conhecer as pessoas enquanto seres complexos. É ver a organização como um organismo vivo, em constante evolução. É analisar e reavaliar, constantemente, processos e políticas. É trabalhar com as lideranças. É trabalhar num projeto que nunca estará na sua versão final, e é, em última análise, investir nas pessoas.
E são as pessoas que impulsionam o sucesso das organizações.
Assim, no Dia Internacional da Felicidade, é importante lembrar que a felicidade no local de trabalho não é apenas uma responsabilidade individual, mas sim uma missão coletiva – dos próprios colaboradores, líderes, Recursos Humanos, e até, quem sabe, de uma equipa focada em felicidade. Investir na felicidade e bem-estar das pessoas é fundamental para o crescimento sustentável das organizações.