O risco de uma recessão na Zona Euro está a aumentar e tanto consumidores como empresas estão preocupados com o seu futuro. Mas o que significa, exatamente, recessão?
Segundo o ComparaJá.pt, o termo recessão designa uma diminuição geral na atividade económica durante um determinado período de tempo. Considera-se que a economia entrou em recessão após dois trimestres consecutivos de queda no Produto Interno Bruto (PIB), descontado o efeito da inflação.
Estará Portugal perto de uma recessão?
Apesar dos receios e de a palavra estar a ser muito mencionada, o primeiro-ministro, António Costa, afastou no mês passado um cenário “de não crescimento e menos ainda de recessão” no próximo ano, e antecipou que a economia vai “continuar a crescer acima da média europeia”.
“Este ano somos o país da União Europeia que teve um crescimento mais alto, no próximo ano a recessão em muitos países europeus nós necessariamente não somos imunes e, portanto, Portugal vai crescer menos do que cresceu este ano, mas não vamos ter nenhum cenário de não crescimento e menos ainda de recessão“, salientou.
Como é que uma recessão pode afetar os portugueses?
Uma recessão pode fazer com que muita gente perca o emprego, pode fazer disparar o desemprego e torna, para licenciados e pessoas que abandonaram os estudos, mais difícil o processo de conseguir um primeiro emprego.
Por outro lado, quem já está empregado, pode ter mais dificuldade em ser promovido, em obter aumentos salariais suficientemente elevados para acompanhar os aumentos de preços.
No entanto, a recessão não é sentida de forma igual em toda a sociedade, e a desigualdade pode aumentar.
O que se pode fazer para combater a inflação?
Na situação em que uma economia está a batalhar para crescer, ao mesmo tempo que existe uma inflação elevada, existe uma situação chamada “estagflação”, que é muito difícil de resolver.
Quando um país se encontra em recessão, o banco central da região, que no caso de Portugal é o Banco Central Europeu, deveria normalmente reduzir as taxas de juro, de forma a ser mais barato para as empresas e as famílias pedir dinheiro emprestado, o que pode impulsionar as despesas e o crescimento.
