Zelensky vai apresentar em setembro “plano de vitória” aos EUA: Eis os quatro pontos

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, salientou que a contraofensiva militar na região de Kursk, onde se situa uma central nuclear, faz parte do plano de vitória da Ucrânia sobre a Rússia: de acordo com o líder ucraniano, Kiev vai apresentar “o seu plano de vitória” aos Estados Unidos em setembro – a intenção do presidente ucraniano, revela o site ‘Euronews’, é que será anunciado a Kamala Harris e Donald Trump, salientando que o seu êxito depende do apoio de ambos.

Para Zelensky, o plano de vitória pode ser descrito em quatro fases: “Uma das áreas onde parte do trabalho foi feito é a região de Kursk. A segunda é o lugar estratégico da Ucrânia na infraestrutura de segurança mundial. A terceira passa por medidas para forçar a Rússia a pôr termo à guerra através de meios diplomáticos. A quarta será a nível económico – não vou falar sobre isso”, realçou.

O presidente ucraniano sublinhou ainda a importância da região de Kursk no plano de vitória, referindo que a incursão surpresa iniciada a 6 de agosto levou à retirada de tropas russas do leste da Ucrânia – Moscovo tem manifestado o seu interesse na ocupação total do Donbass ucraniano, já Zelensky sustentou que a incursão ucraniana em Kursk ajudou a evitar a potencial ocupação das regiões de Kharkiv, Sumy e Chernihiv.

A incursão da Ucrânia na região russa de Kursk tornou-se um motivo de preocupação para a agência de controlo nuclear da ONU. Na passada terça-feira, o diretor-geral da Agência Internacional da Energia Atómica, Rafael Grossi, partilhou os seus receios sobre os riscos para a central nuclear na cidade de Kurchatov, depois de uma visita às instalações.

Numa reunião com os responsáveis da central nuclear, o responsável salientou que o seu objetivo era “determinar um caminho a seguir” e “maximizar a cooperação necessária” para “preservar e prevenir qualquer acidente ou qualquer violação dos pilares de segurança e proteção estabelecidos pela AIEA”.

Rafael Grossi sublinhou ainda as potenciais ameaças que os drones podem representar para a central, observando que os recentes desenvolvimentos perto das instalações, decorrentes da incursão da Ucrânia na Rússia, aumentaram essas preocupações. “O núcleo do reator que contém material nuclear está protegido apenas por um telhado normal. Isto torna-o extremamente exposto e frágil, por exemplo, ao impacto da artilharia, de um drone ou de um míssil”, afirmou.

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