Zelensky já está em Portugal: Marcelo e Montenegro recebem presidente ucraniano

Volodymyr Zelensky já está em Portugal: o chefe de Estado da Ucrânia aterrou ao início desta tarde (14h45) no aeroporto de Figo Maduro, em Lisboa, onde tinha à espera o Presidente Marcelo Rebelo de Sousa, por primeiro-ministro Luís Montenegro, pelo ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel, assim como diversas chefias militares. O primeiro local para onde se vai deslocar Zelensky é o Palácio de São Bento, onde será recebido pelo primeiro-ministro.

Desde a entrada do presidente ucraniano no espaço aéreo português, oriundo da Bélgica, o avião foi acompanhado por dois caças F-16M da Força Aérea de Portugal.

Esta é a primeira visita de trabalho de Zelensky a Portugal, que vai ser alvo de medidas de segurança extrema: o presidente ucraniano vai contar, desde o momento em que vai aterrar, com acompanhamento próximo de agentes do corpo de segurança da PSP. Em termos de posicionamento tático e fixo – como os snipers -, a responsabilidade será da PSP e GNR, que vão estar presentes em todos os locais visitados pelo presidente ucraniano, assim como os trajetos.

O subintendente da PSP, Sérgio Soares, explicou como são preparadas estas operações sem entrar em pormenores “por questões operacionais e de segurança da própria entidade”. Devido ao conflito entre a Rússia e a Ucrânia, a operação requer “uma grande articulação das várias forças e serviços de segurança, desde logo para determinação do grau de ameaça à entidade e que vai influenciar todo o decurso da operação de segurança” e que é determinado pelos Serviços de Informação e Segurança, frisou, em declarações à ‘SIC Notícias’.

“Estamos preparados e prontos para qualquer cenário. Trabalhamos a montante para evitar qualquer incidente, mas estamos prontos a reagir se houver algum incidente de segurança com a entidade”, garante Sérgio Soares, sublinhando que a passagem de Zelensky por Lisboa “obriga a uma abertura de itinerário, com desembaraçamento de trânsito de batedores da divisão de trânsito, da forma mais célere possível”, numa espécie de “cápsula de segurança”.

O presidente ucraniano deve regressar ao seu país no final do dia. Será portanto, uma visita muito curta (cerca de 6 horas) e com uma agenda apertada.

A Presidência da República publicou, após a chegada de Zelensky, a agenda oficial.

17h45 – Chegada do Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, ao Palácio de Belém, onde vai decorrer a Cerimónia oficial de boas-vindas no Pátio dos Bichos, com Honras militares: Hinos Nacionais, saudação ao Estandarte Nacional e passagem pela Ala de Honra do Esquadrão Presidencial.

17h55 – Fotografia oficial e assinatura do Livro de Honra

18h00 – Encontro do Presidente da República com o Presidente da Ucrânia

18h30 – Jantar de Trabalho com o Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, no Palácio de Belém.

Antes da receção no Palácio de Belém, Zelensky será recebido na residência oficial do primeiro-ministro. “A visita de trabalho do presidente Zelensky insere-se na intenção partilhada de aprofundar as excelentes relações entre os dois Estados, com enfoque particular no reforço da cooperação no domínio da segurança e defesa”, refere a nota do gabinete de Luís Montenegro.

Recorde-se que no passado dia 14, Zelensky cancelou visitas a Portugal e Espanha agendadas para os dias seguintes, por causa dos combates intensos na região ucraniana de Kharkiv. Em setembro, também falhou uma viagem a Portugal.

De acordo com Paulo Rangel, a visita do líder ucraniano ao nosso país visa assinar um acordo que sistematiza todo o apoio prestado nos últimos dois anos e abrange os próximos dez. “Foi concluído, há cerca de três semanas, o acordo político entre Portugal e a Ucrânia que é um acordo bilateral em todas as áreas em que cooperámos nestes dois anos”, salientou Paulo Rangel em Bruxelas, no âmbito de uma reunião ministerial.

O acordo inclui a “assistência humanitária, financeira, militar, política” no que diz respeito ao processo de integração na União Europeia. “Recolhe todas as dimensões em que trabalhámos, mas de uma forma sistematizada e com um horizonte de dez anos”, acrescentou.

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