Zelensky garante que Ucrânia está a planear uma nova contraofensiva

Volodymyr Zelensky indicou que a Ucrânia está a planear uma nova contraofensiva no seu conflito com a Rússia: em entrevista exclusiva ao jornal alemão ‘Bild’, o presidente ucraniano salientou que Kiev “tem um plano para uma contraofensiva”, enfatizando que tais esforços têm de ser reforçados por armamento moderno e pelo apoio dos países ocidentais.

Na entrevista, Zelensky apelou especificamente aos Estados Unidos, depois de a ajuda militar ter ficado suspensa pelos republicanos no Congresso. Recorde-se, no entanto, que o líder da Câmara dos Representantes, Mike Johnson, indicou recentemente que planeia avançar em breve com um acordo de ajuda externa de 95 mil milhões de dólares que foi aprovado pelo Senado em fevereiro último, mesmo com as reações adversas de membros do seu próprio partido.

“Sim, a Rússia tem mais pessoas, mais armas”, indicou Zelensky. “Mas o Ocidente unido possui sistemas de armas modernos. É por isso que obteremos certas tecnologias. E se continuarmos a aumentar a produção, se obtivermos licenças dos nossos parceiros, então não se trata do número de pessoas. Trata-se da qualidade do armas.”

A primeira contraofensiva da Ucrânia contra a Rússia, em setembro de 2022, foi extremamente bem-sucedida, com Kiev a reconquistar grandes áreas do seu território que Moscovo tinha capturado no início do conflito. No entanto, a segunda contraofensiva lançada por Kiev, no verão de 2023, não correspondeu às expectativas – há especialistas que afirmaram que os militares de Kiev podem não estar prontos para outra até ao próximo ano.

De acordo com o tenente-general ucraniano Oleksandr Pavliuk, comandante das forças terrestres de Kiev, a principal prioridade da Ucrânia neste momento era “estabilizar” a linha da frente e “matar o maior número possível de tropas russas”, acrescentando que o objetivo final era “estabelecer um grupo de ataque e conduzir operações contraofensivas” este ano.




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