Web Summit: Lisboa despede-se hoje do maior evento tecnológico do mundo. Eis o que ficou

Termina esta quinta-feira a edição deste ano da Web Summit em Lisboa, que registou um “recorde” de 71.528 participantes de 153 países.

De acordo com os dados revelados pela organização, foram 3.050 empresas a expor num “salão lotado”, com 1.066 investidores, e 953 oradores e 2.005 media.

Mais de 44% das ‘startups’ são fundadas por mulheres, “o maior de sempre”, tal como anunciado na noite de abertura pelo presidente executivo (CEO) e fundador da Web Summit, Paddy Cosgrave. “As mulheres representam 42% dos participantes e 37% dos oradores”, refere a organização.

Na edição deste ano, estiveram presentes 62 delegações, representando 36 países, com maior representação da Alemanha e Brasil, e 45 parceiros comunitários, incluindo Djassi Africa, the Aga Khan Foundation e o National Organization for Women.

Entre as 3.050 empresas expositoras, a inteligência artificial (IA) surge como a indústria mais representada, com um aumento de 16% da presença.

A cimeira recebeu 1.066 investidores – contra 906 em 2023 – de 58 países, com um total de 14,7 biliões de dólares de ativos sob gestão (AUM), de acordo com o PitchBook, desde fundos soberanos como o Qatar Investment Fund, Oman Investment Fund e Mubadala Investment Company, como bem como ‘ventures capital’ [capital de risco], incluindo Khosla Ventures, B Capital, 500 Global, Northzone e Seven Seven Six.

 

Cosgrave quer Lisboa “para sempre”

O presidente executivo (CEO) e fundador da Web Summit, Paddy Cosgrave, afirmou que a cimeira “combina perfeitamente com Lisboa” e que espera que fique na capital portuguesa “para sempre”.

Em jeito de balanço, Cosgrave salientou que “nos últimos nove anos Lisboa transformou-se”. E “a Web Summit, eu diria, desempenhou algum papel nisso. Acho que os ingredientes já estavam lá e, então, é incrível ter sido capaz de desempenhar (…) possivelmente um pequeno papel nisso”, acrescentou.

O contrato fechado com o Estado português prevê a realização da cimeira em Lisboa até 2028. ”No que diz respeito a 2028, quando pensamos em 2024, para mim em termos tecnológicos, 2028 é como se estivéssemos quase no próximo século”, começou por dizer.

No entanto, “a Web Summit combina perfeitamente com Lisboa, e espero que possamos (…) ficar aqui para sempre”, acrescentou.

Questionado sobre o que aprendeu no ano passado, período em que deixou a presidência executiva da Web Summit na sequência de comentários nas redes sociais sobre a atuação de Israel em Gaza após o ataque do Hamas, Cosgrave afirmou: “Deu-me uma grande oportunidade de realmente refletir sobre o que era, em última análise, a Web Summit”.

E “penso que fizemos as mudanças mais consideráveis na Web Summit numa década. Pude falar com muitos amigos que participam há anos, muitos participantes, e perceber realmente a essência do que é a Web Summit, que é ligar pessoas e ideias”, referiu.

No que respeita ao recinto em Lisboa, o CEO disse que estão a “utilizar todos os espaços disponíveis”.

Este ano estão a ocupar o espaço exterior com mesas e cadeiras, o que tem funcionado porque o tempo tem estado solarengo.

 

O que é a Web Summit?

A Web Summit é um dos maiores e mais importantes eventos de empreendedorismo, tecnologia e inovação do mundo e ocorre em Lisboa desde 2016. Criada em 2010 pelas mãos do fundador Paddy Cosgrave, conquistou rapidamente o estatuto de um dos eventos mais importantes do setor tecnológico – e não só.

Além de tecnologia e inovação, temas relacionados com marketing, empreendedorismo, media, e-commerce, lifestyle e entretenimento ganham destaque no programa do evento e envolvem os participantes durante quatro dias.

A edição da Web Summit 2024 vai realizar-se no MEO Arena, entre hoje e o dia 14 de novembro. Os bilhetes encontram-se à venda e podem ser adquiridos no próprio site oficial da Web Summit.

 

*Com Lusa

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