Voos comerciais “inteiramente a hidrogénio” deverão estar no ar em 2024

A empresa de aviação ZeroAvia anunciou esta quarta-feira novos planos para operar voos comerciais hidrogénio-elétrico entre Londres e Roterdão, com os responsáveis ​​pelo projeto a anunciarem a data prevista de lançamento para 2024, segundo a ‘CNBC’.

Num comunicado emitido hoje, a companhia revelou que está a desenvolver uma aeronave de 19 lugares que “irão voar inteiramente com hidrogénio”.

Uma parceria entre a ZeroAvia, a empresa aeroportuária Royal Schiphol Group, a Fundação do Aeroporto de Inovação de Rotterdam The Hague e o Aeroporto de Rotterdam the Hague foi estabelecida para permitir o avanço da iniciativa.

“O acordo estabelece um cronograma sólido para o lançamento dos primeiros voos comerciais de passageiros com emissão zero entre o Reino Unido e a Holanda e, potencialmente, a primeira operação comercial internacional do mundo”, refere a ZeroAvia na mesma nota.

A empresa acrescentou que tanto ela quanto o Royal Schiphol Group estavam no que descreveu como “negociações avançadas de parceria com companhias aéreas para chegar a um acordo sobre um operador para a rota planejada”.

De acordo com a Agência Internacional de Energia, as emissões de dióxido de carbono da aviação “aumentaram rapidamente nas últimas duas décadas”, no equivalente a “cerca de 2,8% das emissões globais de CO2 da queima de combustível fóssil”, revela a mesma fonte.

O World Wildlife Fund descreve a aviação como “uma das fontes de crescimento mais rápido das emissões de gases de efeito estufa que impulsionam a mudança climática global”.

Em setembro de 2020, um avião de célula de combustível de hidrogénio de seis lugares da empresa realizou o seu voo inaugural.

No mesmo mês, a Airbus também divulgou detalhes sobre três aviões-conceito movidos a hidrogénio, com a gigante aeroespacial europeia a referir que os mesmos poderão entrar em serviço em 2035.

Apesar de existir algum entusiasmo em alguns setores acerca do potencial do voo movido a hidrogénio, o setor de aviação enfrenta uma série de desafios quando se trata de reduzir a sua pegada ambiental.

Numa entrevista concedida durante o Fórum do Futuro Sustentável da ‘CNBC’ na semana passada, o CEO da Ryanair, Michael O’Leary, foi cauteloso quanto às perspectivas da adoção de tecnologias emergentes no setor.

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