Von der Leyen em risco nas próximas eleições europeias: conheça os sete nomes na lista para uma possível sucessão

O cargo de chefe da Comissão Europeia está em jogo após as eleições na União Europeia: apesar de Ursula von der Leyen estar na corrida, a sua reeleição não é segura. Pelo que importa saber quais são as outras opções para render a política alemã?

A renomeação de Von der Leyen para o comando do executivo da UE parecia ser natural, mas a sua liderança perdeu o brilho na sequência da retirada do cargo do seu escolhido para enviado para as PME, Markus Pieper, e na sequência na sua resposta à crise no Médio Oriente.

Em Bruxelas, há nomes agora a circular, embora os candidatos não se apresentem formalmente antes das eleições. E quais são os nomes?

Mario Draghi

O discurso de Draghi, no passado dia 16, no fórum social em La Hulpe foi visto pela imprensa italiana como uma candidatura mal disfarçada. Mesmo em Bruxelas, o antigo primeiro-ministro de Itália goza de reputação de fazer as coisas acontecerem, como num passe de mágica.

No entanto, os segredos da sua feitiçaria permanecem uma ilusão, ilustrou a publicação ‘Euronews’ – a sua solução face à crise da dívida da Zona Euro foi “custe o que custar”. Agora, parece a caminho de um novo encantamento relacionado com o relatório de competitividade que está a preparar, encomendado por Von der Leyen, no qual refere-se à necessidade de uma “mudança radical”.

É pouco provável que os líderes da UE e os eurodeputados rejeitem Draghi, e até mesmo Viktor Orbán disse aos jornalistas em Bruxelas que “gosta dele”.

Kristalina Georgieva

O presidente cessante do Conselho Europeu, Charles Michel – que será um mediador-chave nas negociações para os próximos cargos de topo da UE – salientou que a próxima Comissão será “económica”. A ser verdade, quem melhor do que a atual diretora do Fundo Monetário Internacional, Kristalina Georgieva, para o cargo mais importante?

Já não seria a primeira vez que o seu nome ‘circulou’ nos corredores em Bruxelas: em 2019, foi avançado quando Von der Leyen foi finalmente nomeada.

Andrej Plenkovic

Se cair Von der Leyen, o Partido Popular Europeu (PPE), de centro-direita, terá outros truques na manga – incluindo Plenkovic. O primeiro-ministro croata lidera o Governo desde 2016 e pode ficar tentado a seguir uma carreira mais internacional, especialmente se o seu partido for derrotado nas eleições nacionais marcadas para esta semana.

A amizade com muitos colegas líderes da UE poderia facilitar a nomeação, mas a confirmação dependeria da capacidade de construção de coligações no Parlamento.

Roberta Metsola

Quando a revista ‘Time’ incluiu Metsola entre os 100 líderes emergentes que moldarão o mundo em 2023, a própria Von der Leyen escreveu o elogio que o acompanhava. “Nunca ceda ao cinismo. Você pode ser o motor da mudança”, aconselhou a atual chefe da Comissão.

Na sua curta carreira internacional, Metsola aprimorou as suas credenciais do PPE, tornando-se a primeira política da UE a reunir-se com Zelensky em Kiev, após a invasão da Ucrânia pela Rússia.

Kyriakos Mitsotakis

O primeiro-ministro da Grécia poderá revelar-se mais um trunfo para o PPE se as coisas ficarem difíceis. De acordo com o líder do partido, Manfred Weber, Kyriakos Mitsotakis “representa o melhor da liderança do PPE” – palavras que provavelmente não diria sobre Von der Leyen.

Mitsotakis é querido por outros líderes da UE e também pode ser uma boa escolha para presidir o Conselho Europeu se o PPE não conseguir assumir o cargo da Comissão.

Christine Lagarde

A atual governadora do Banco Central Europeu (BCE) seria outra escolha sólida se as palavras de Michel sobre uma Comissão “económica” se revelasse correta – especialmente se as negociações caíssem num impasse.

Em 2019, ganhou o comando do BCE graças ao impulso de Emmanuel Macron e poderá muito bem ser a escolha do presidente francês mais uma vez.

Klaus Iohannis

E se Michel estiver errado e a Europa optar por outra comissão “geopolítica”? Neste caso, o nome do presidente romeno poderá emergir como um ‘coelho da cartola’. Iohannis também concorre ao cargo de secretário-geral da NATO – embora o primeiro-ministro holandês, Mark Rutte, pareça estar em vantagem nessa corrida –, pelo que tem uma visão pronta para a defesa da Europa.

Ler Mais